Hoje eu terminei de ler o livro Faça amor, não faça jogos. É o tipo de livro que você lê em uma tarde de domingo chuvosa, deitada na rede, bebendo um café bem quente.
Durante os poemas eu ri, chorei, amei, relembrei de amores, acreditei no verdadeiro amor e nesse meu lado poético que talvez alguns possam achar bobo. Nas palavras do autor:
“Nesse mundo, meu velho, quem fala com a razão acha maluco quem escuta o coração. Posso aceitar isso. E você?”
Eu posso e vou aceitar porque eu compreendi que algumas pessoas são assim, intensas e inexplicáveis. O coração é movido de arte, de palavras, de simplicidade.
É incrível quando paramos para pensar que o universo nos entrega exatamente aquilo que merecemos. E eu? Eu mereci ler esse livro exatamente nessa fase, onde o mundo está meio caótico, as pessoas estão cansadas, a simplicidade está apagada, o amor é colocado sobre um "tabuleiro de jogos e regras".
Compreendi que nesse tempo de pandemia a arte vem trazendo muitas respostas e nos proporcionando esperança... Talvez não para as pessoas que acreditam que objetivos são somente aqueles palpáveis, lucrativos e mensuráveis, mas para aqueles que acreditam nas coisas simples e imateriais.
E então me lembrei de uma frase do filme A sociedade dos poetas mortos que tanto amo.
“Não lemos e escrevemos poesia porque é bonitinho. Lemos e escrevemos poesia porque somos membros da raça humana e a raça humana está repleta de paixão. Medicina, lei, negócios e engenharia são ocupações nobres para manter a vida. Mas poesia, beleza, romance e amor são razões para ficar vivo.”
Esse é um tipo de livro que a gente se perde e se encontra diversas vezes e vai percebendo que a vida não é uma linha reta, ela é circular. Isso mesmo, um ciclo.
Hoje eu quero dizer que eu encerro um ciclo para receber de braços abertos um novo, na esperança de que eu possa evoluir, assim como a vida. Deixar as pessoas que precisaram ir embora com suas razões e agradecer por aquelas que ficaram.
Respeitar os sentimentos. Respeitar as decisões. Respeitar o passado. E parar de pensar tanto, pois:
“pensar duas vezes é a distância entre os que sonham e os que vivem”.
"Despedida é uma nova chance de seguir adiante."
(P.135)
Agradeço pelos girassóis do quintal de uma tia amada que embelezaram esta publicação.