Eu poderia passar o resto da minha vida desejando que eu tivesse nascido da barriga da minha mãe adotiva ao invés da minha mãe biológica, isso não mudaria o fato de que não foi assim. Eu poderia passar o resto da minha vida desejando que minha mãe biológica ao invés de ter me entregue para adoção tivesse ficado comigo e me criado, isso também não mudaria o fato de que não foi assim. Perder muito tempo desejando que o passado tivesse sido diferente pode fazer com que percamos o presente e deixemos de criar nosso futuro.
Como filha adotiva eu já ouvi outras pessoas me apresentarem e fazerem referência a mim e a minha história como Mariane, a filha adotiva. Eu ficava bem brava apesar de não demonstrar, porque na minha referência interna o adotiva indicava que eu era menos filha. Já faz um tempo que venho reconstruindo isso internamente, afinal não podemos controlar o que os outros dizem, mas podemos decidir como nos sentiremos. A palavra adotiva que para mim antes significava que eu era menos, hoje significa que eu tenho mais. Tenho duas mães e dois pais, duas famílias. Uma palavra pode fazer a diferença sim, quem decide é você.
A partir de hoje vou compartilhar um pouco mais da minha história através das mídias sociais. Sinta-se convidado a acompanhar da forma que quiser, lendo, mandando perguntas, comentando, contando também sobre a sua experiência..
Abraços, Mari.
Mariane Bridi Di Domenico
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