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Filhos e amor

Filhos e amor
OLINDA GUEDES
abr. 8 - 3 min de leitura
030

Ah, vá!

Sim, vá ver como é bom viver.

Alguém esses dias comentou: mas, claro que você pode ter uma família deste tamanho, com tantos filhos. É psicóloga, entende tudo sobre gente, ganha bem, tem bastante dinheiro, e pode pagar muita gente para criar seus filhos. Assim, é fácil. Até eu.

Bem, fiquei com vontade de mandar a pessoa à m... mas, não, não! Não pode... Pensei logo no conselho que dou para meus alunos: Elegância é tudo!

Penso que alguém para criar filhos, tem que ter condições sim, porque tudo custa. Até para banhar-se custa. Ora! Mas, mais que tudo, precisa ter disposição.

Não é porque sou especialista em comportamento humano que não tenho minhas dificuldades. Tenho sim.

Mas educação vem de berço. Minha mãe, quando a gente estava esquecendo quem era a rainha do lar ela já nos lembrava de um jeito bastante firme.

Eu nunca esqueci disso. Aqui em casa isso funciona que só. No começo precisei ir às vias de fato. Não foi com chinelos havaianas, minha mãe era mais livre que eu, podia tê-los sempre nos pés. Aqui foi com uma sapatilha que estava entre meu quarto e o quarto deles.

Agora isso já virou uma gostosa brincadeira.

- Huguinho, comporte-se! Quer uma chinelada, filho?!

A teoria a gente pode até esquecer, mas as vivências, jamais.

Estou falando tudo isso só para contar que somos uma família real.

Só isso. Eu também sou uma pessoa, como todas as outras.

Foi desafiante esse tempo, e será por todo o sempre, porque logo virão os netos. A gente fica feliz quando estão felizes e destemperados quando espirram. É uma coisa de maluco a vida de mãe.

Não troco por nada. A vida de mãe parece a cidade onde vivo. Dizem que Curitiba é onde as quatro estações acontecem em poucas horas.

Num minuto tem uma briga infinita. Parece que são inimigos mortais. Dali alguns minutos:

- Mamãe, os mininos não chegaram ainda da iscola?

Numa declaração de que no coração das crianças o amor é sempre maior que qualquer contrariedade. Eles tem o dom de reiniciar, de não guardar mágoas. De sempre voltar ao começo, ao começo do amor.

Ontem estava eu cochilando, repousando, na verdade. Estava mortinha de cansaço. A semana toda foi tão puxada, tive que dormir três ou quatro horas no máximo. Nina teve febre novamente.

Estava deitada no casulo, um cantinho delicioso que tem em nosso ático, dormindo fundo. Senti uma mãozinha em minha cabeça, um beijo na testa. Dali um tempo, não sei quanto tempo, outro beijo estalado no rosto. Falei alguma coisa, ele deitou-se ao meu lado. Quando acordei estava eu ali novamente, com meus beijos felizes guardados na lembrança.

Felizes daqueles que sabem onde estão os beijos que precisam.

 

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