A gratidão é um exercício, que nos leva a perceber que recebemos o tempo todo deste universo maravilhoso, tudo que necessitamos para viver feliz. E para chegar a este conhecimento foi necessário percorrer um longo caminho de descobertas e experiências.
Confesso que já fui resmungona, muito chata, ingrata com tudo e principalmente com meus pais. E como, por outro lado, sou muito sortuda encontrei nas estradas da vida, muitos mestres que foram me ensinando que a vida é bela apesar das dores e tristezas. E nestas escolas que fui passando encontrei Olinda Guedes, uma linda mulher simpática que além da teoria me ensinou com a sua própria vida, muitas coisas lindas e numa tal de Constelação Familiar fui aprendendo sobre princípios sistêmicos e muitas outras coisas.
Quando me dei conta percebi que eu tinha os melhores PAIS do mundo e o meu coração se transformou como aquele filho pródigo que volta arrependido para casa do pai, uma conversão. E hoje, é claro que sou consciente de que a estrada do conhecimento é longa e que é necessário percorrer sempre, até o último suspiro. E o que mais me alegra é viver neste estado de gratidão por tudo, por todos e por tanto.
No próximo dia 3 de novembro completará seis anos que meu pai não está presente aqui em seu corpo físico e mesmo assim vivo feliz por saber que ele está presente em mim. Isso é lindo e também podemos continuar a sua história em nós filhos, netos e assim por diante.
Nossa mãe com 92 anos, lúcida, forte e muito sábia, mesmo sem estudar sobre Constelação Familiar ou participar de uma constelação individual ou em grupo, colocando um tema diante de um Terapeuta, como dizia durante as aulas a minha linda e simpática professora Olinda, que Constelar é como um estilo de vida e o campo é ciente, pois hoje minha mãe, apesar de sua história de orfandade tão triste, vive feliz, alegre e faz coisas surpreendentes, como por exemplo, cantou um lindo canto no dia do meu casamento no religioso, no dia 02/09/17 e confessou que sempre teve o desejo de cantar, pois quando criança cresceu ouvindo o meu bisavô reger uma banda de música ao lado da casa onde ela residia.
Este é um dos exemplos de tanta alegria e gratidão que sinto por ser filha de Onofre de Oliveira Muniz e Gicelda Camargo Muniz.