Tenho tantos mestres, estão comigo o tempo todo.
Mas, nesta época do ano, Rubem Alves e eu proseamos muito. Jeito de falar. Ele já nem vive mais neste plano terreno, deixou seu corpinho, sofrido, com menos de oito décadas de existência. A vida é mesmo um sopro.
Mas, aqui quero falar de vida.
Ele disse isso certa vez:
- ... a história diz que quando Jesus nasceu aconteceu uma mágica com o mundo: tudo ficou diferente: as árvores se cobriram de vaga-lumes, as estrelas brilharam com um brilho mais forte, e até uns reis deixaram os seus palácios e foram ver o nenezinho. A visão do menininho os transformou: eles largaram suas coroas, jóias e mantos de veludo junto com os bichos, na estrebaria. Quem vê o menininho fica curado de perturbação.
Perturbados são os adultos que, ao falar sobre Deus, imaginam um ser muito grande, muito poderoso, muito terrível, ameaçador, sempre a vigiar o que fazemos para castigar. Pois o Natal diz que isso é mentira.
Porque Deus é uma criancinha. Ele está muito mais próximo de vocês do que dos adultos.
E foi essa mesma criancinha que, depois de crescida, disse que para estar com Deus bastava voltar a ser criança. Se os adultos, antes de comprar presentes e preparar ceias, se lembrassem da história, eles ficariam curados da sua doidice.
Na noite do Natal que se aproxima, antes de abrir os presentes, antes de começar a comedoria, peça ao seu pai ou à sua mãe: “Por favor, conte a história do menininho... Pois a história do Natal faz isso com a gente. Quando vai chegando o Natal eu fico com saudade das músicas antigas de Natal (tem de ser das antigas; as modernas não servem) e começo a folhear meus livros de arte, onde estão as pinturas do presépio.
É muito simples: um menininho que nasceu em meio aos bois, vacas, ovelhas, cavalos, jumentos... Era menininho pobre.
Este é o verdadeiro sentido: o amor. Não só do Natal, como da vida.
Que sua casa esteja sempre enfeitada de Natal, seu coração e seus relacionamentos. Que você seja sempre o presente, que o amor seja sempre o melhor presente, embrulhado em atitudes de compaixão, de empatia, de benevolência, de ternura.
É isto que o Menino-Amor quer de nós.
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