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Hoje eu compreendo muito sobre meus Avós, minha Mãe e minha Família...

Hoje eu compreendo muito sobre meus Avós, minha Mãe e minha Família...
Liana Utinguassu
out. 5 - 3 min de leitura
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Tarefa Aula 4 Módulo II – Método das Constelações Familiares # Vínculos e soluções de Sistemas Familiares

Escutando a Professora Olinda sobre os Avós e a história citada neste caso, me reportei à minha infância e o que eu presenciei referente aos meus avós Maternos, sobretudo...

Já coloquei aqui, sobre minha avó materna, mas hoje colocarei sobre meu avô Pedro, de origem indígena Guarani.

Um homem da roça, do campo, que pelo pouco que convivi, negava muito à minha avó, sua esposa. Ele saiu de casa, deixou-a em uma clínica para doentes mentais e casou-se de novo...

Sei muito pouco dos meandros desta situação, pois minha Mãe, surpreendentemente também não consegue me dar “detalhes” do porque tudo aconteceu desta forma.

Fica duro, até cruel, imaginarmos este processo.

Ficamos de um lado, com uma avó, supostamente “desequilibrada” e um homem que sai de casa, literalmente “abandonando” esta mulher, casando-se com outra mais “jovem”.

Não estou julgando, jamais, apenas relatando, até porque já venho Constelando esta situação e muitas curas já se deram, dentro de mim e em meu Sistema Familiar.

Tenho tido conversas lindas com minha Mãe, que hoje tem 94 anos e troco esta vivências com ela, sobre o bem que as Constelações trazem à vida da gente e aos ancestrais.

A questão é que em nossa família, atualmente, minha irmã do meio, (somos 3), ela sempre foi muito sensível emocionalmente, desde que me conheço por gente, ela tenta se matar e agora, com 62 anos, acometida de um câncer avassalador, de fato está partindo...

Fico enxergando no sistema, toda esta questão delicada da Avó que era dada como “desequilibrada” e que veio a falecer sozinha em uma clínica e vejo esta irmã, sempre com graves problemas emocionais, agora também muito sozinha...

Tem duas FILHAS, já grandes, mas um processo também bem sofrido nas relações entre elas e seu “marido”, que a deixou faz tempo...

Já venho me submetendo às Constelações e como também sou Terapeuta, busco auxiliar como posso, dentro destas circunstâncias e converso com nossos Avós, Constelando em grupo, com cavalos, com bonecos e também venho Constelando sozinha, comigo mesma...

Há um limite para ajudar... O Outro precisa sobretudo querer e fazer sua parte no contexto.

Dentro do olhar de mundo que tenho e também de uma visão espiritual, onde confio no Plano Divino, na Mãe e no Pai Celestiais, sigo fazendo o que sinto que posso e devo, sem ficar codependente e sem gerar codependências.

Entendo meu Avô, lastimo por tudo que aconteceu com minha avó, AMO aos dois.

Amo minha Mãe e sinto muito por todo sofrimento e culpa que nesta família se gerou... mas, dentro de mim, já sigo de outra maneira.

Agradeço as aulas e aos casos que são colocados, pois isto também me faz reler, rever, pacificar... amadurecer.

Gratidão aos nossos Antepassados, Ancestrais e à família.

Sei que cada um(a) fez o que achou que devia e podia, com os recursos que tinham. Sei que também esta memória de “escassez”, abandono, injustiça... hoje pode ser compreendida e libertada. Tratei de fazer isto comigo mesma, mas minhas irmãs e minha Mãe, ainda seguem aprisionadas neste sofrer.

Liana S Utinguassu

 

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