Quando somos adultos e amadurecidos, percebemos totalmente a influência daqueles que nos tocam. Percebemos a diferença entre um massagista e outro, entre um abraço e outro.
Tem alguns mestres que fazem do abraço um processo de cura e, conscientes, eles realmente conseguem neutralizar e transformar os sofrimentos, como por exemplo a Amma, uma mestra indiana. Mas também sabemos que Bert Hellinger raramente permitia que alguém o tocasse, porque ele sabia disso.
Uma das maiores formas de violência da sexualidade é a hospitalização do nascimento. A mulher é privada de experienciar o seu próprio corpo e de movimentar-se conforme sua necessidade e a criança fica desesperada à procura da mãe, à procura da parceria tão necessária, porque a mãe privada de movimentar-se, o filho tem que fazer o caminho solitário do nascimento e trabalhar por si e pela mãe.
A família também é privada desse momento, porque a casa, o lar é considerado um perigo, uma ameaça. E a casa é a extensão do nosso próprio corpo, e o corpo perigoso tem que ficar escondido, torturado, punido.
Deste modo as crianças não nascem, porque são extraídas da barriga da mãe, o corpo desta mulher é violado e o bebe já nasce com saudades. Nasce com saudades do que lhe foi negado. E toda novela termina do mesmo jeito. O que dá ibope geralmente é o que contraria a vida.
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