Quando alguém tem de nós uma imagem que não condiz com a imagem que temos de nós mesmos, e, ao invés de ofender-nos, a reverenciamos, nos curvando diante dela, dois movimentos se expressam: em primeiro lugar, deixamos que essa imagem que ele tem de nós seja do jeito que é e nos transpasse, como uma benção de aprendizagem e crescimento. Em seguida, permitimo-nos perceber que aquilo pertence, até um certo ponto, ao outro e não a nós. Ao devolver a ele, com respeito, o que é dele, reforçamos os limites necessários entre nós dois, crescemos e deixamos o outro livre para lidar com suas próprias ideias a respeito do que quer que seja.
Leo Costa