Eu havia me programado para participar de um “retiro sistêmico” em Curitiba- PR, com a mestra Olinda Guedes e sua equipe, no espaço bucólico e lindo chamado “chácara do seu Cisinho”, onde funciona a Escola Real. Organizei o meu período de férias do trabalho para que coincidisse com aqueles dias. Com determinação e economia já tinha conseguido comprar as passagens aéreas. Que belezura!
Mas o ritmo da vida tem as suas surpresas. Veio a pandemia, a ordem dos patrões de que eu não poderia sair de férias, a impossibilidade de viajar e também de se reunir. Fazer o quê? Esperar... Aquele esperar do verbo esperançar, que implica movimento, atitude, transformação do querer para o poder. Eu sei que a Divina Providência nunca falha.
Eis que, poucos dias depois daquela data marcada os iluminados da Escola Real decidem por um período de entrega de conteúdos e experiências que eles chamam de imersão e, de forma online. Não tive dúvida, inscrição feita, lápis e caderno à postos, vamos receber o que o meu Universo, chamado Deus quer me dizer nestes dias.
E aqui estou eu, tão envolvida com o processo da Imersão, que assumi como um verdadeiro retiro. Cancelei os compromissos, suspendi os atendimentos, para estar focada nesse conhecimento que está sendo entregue de forma divina.
Até quando participo da Missa pela TV Aparecida, vou ouvindo a homilia do Bispo e ligando com os conteúdos da aula.
Hoje ao falar sobre o trecho do evangelho que menciona os “sete demônios”, que Jesus expulsou de uma seguidora chamada Madalena, ele explicou sobre o simbolismo do número 7 e as representações desses “demônios”, dizendo inclusive sobre os “traumas que Madalena viria carregando de geração para geração”.... eu disse: ele está falando de memórias transgeracionais...
Depois o Bispo falou sobre conversar com Jesus Ressuscitado e a medida que ele ia explicando eu ia pensando: ele está fazendo meditação, trazendo presente os antepassados.
Quando ele falou que “domingo é dia do Senhor”, e quando nós transformamos o domingo em apenas dia de futebol , de passeios e festas, estamos deixando fora, deixando para trás o dono do Domingo, o Senhor Jesus... Eu pensei: mas ele está falando do principio da hierarquia e do pertencimento.
Agora... quando ele falou da Ascensão de Jesus, de uma forma tão coloquial, dizendo que após a ressurreição e o encontro com Maria Madalena, Jesus pediu licença e disse que ele precisava ir para o Pai, COMPLETAR a sua Missão. Eu disse constelar é completar.
E como diz o Jonas Kaz, “Bugou”!!!! Ou seja, deu um nó na minha cabeça!!! E como no dicionário dos meus tempos não havia ainda o verbo “bugar”, eu traduzo como o momento em que a minha mente compreendeu completamente o que o meu coração sentiu, a alma vivenciou mas a boca não soube explicar.