No final do Século XIX se deu a imigração italiana ao Brasil. Ela foi marcada pelo envio de mão de obra estrangeira para substituir a mão de obra escrava no Estado de São Paulo, e para produção agrícola nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.
Portanto, os italianos que chegaram para substituir o trabalhador escravo, foram percebidos pelos proprietários das terras como parte dessa associação negativa, e assim, sofreram sérias consequências. Os proprietários de terras pagavam a viagem e o imigrante tinha que trabalhar nas suas fazendas com um contrato, devolvendo o valor da passagem paga.
Porém, os fazendeiros forçavam a mão de obra barata a produzirem cada vez mais, crianças eram colocadas para trabalhar nas terras também e as condições de trabalho eram muito precárias.
Infelizmente aconteceu um forte conflito entre as realidades encontradas pelos imigrantes aqui no Brasil e as concepções de mundo que eles carregavam consigo.
Os que foram ao Rio Grande do Sul receberam um pedaço de terra, ferramentas, um pouco de alimento e sementes para plantar. Para chegar ao seu destino iam de barco a vapor, pois não existiam estradas. Depois, seguiam à pé, com auxílio de cavalos para transportar a pequena bagagem das famílias.
Foram épocas difíceis, pois no meio da mata não sabiam onde estavam e não conseguiam sequer ver o sol. Tiveram que começar do zero, se abrigando debaixo de troncos de árvores ou pequenas cavernas.
Depois disso começaram a desmatar e a fazer queimadas para poder plantar.
Com o passar do tempo começaram a construir pequenas casas feitas de tábua serrada à mão, e também casas de pedra.
Quando se reuniam, faziam cantoria para matar um pouco da saudade que sentiam dos amigos e parentes que deixaram na Itália.
Mais tarde, a canção "Merica, Merica" começou a se espalhar porque contava a história da viagem deles para cá, e passou a ser o Hino Oficial da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul.
Veja:
Imigração Italiana - Globo Repórter: