Outro dia minha filha me disse: "Mamãe, sabe por que tiramos foto com o Theo?
É para nunca esquecermos dele."
As vezes, na família, um filho não segue na vida, isso é, o filho tem problemas de saúde, ou não consegue ser próspero na profissão ou ainda mantém relacionamento conflituoso, e ainda para piorar julgamos o filho pensando que não há motivo para isso estar ocorrendo ou julgamos dizendo que a pessoa é preguiçosa, que não faz por merecer.
No entanto, muitas vezes esse filho está trabalhando por todo o sistema e sinalizando que tem alguém que precisa ser visto, e esse alguém pode ser um filho proveniente de um aborto, um filho que ninguém comenta porque a dor é muito grande, ou talvez nem a mãe percebeu a perda, por ter sido nos primeiros dias da gestação, fato pelo qual nem identificou que estava grávida.
Então o filho fica ali parado, olhando com amor ao seu irmão e aclamando que todos olhem junto com ele para esse amor perdido, e que todos incluam essa criança no sistema. Que ele tenha o seu lugar reconhecido, um lugar que nunca será ocupado por outra pessoa.
Quando incluímos o filho perdido, o irmão pode olhar para frente e seguir sua vida tranquilo e em paz, e ainda com a força do irmão, um irmão que será sempre grato pelo seu esforço em incluí-lo. Porém, quando os pais são consciente da importância do pertencimento e lidam com essa inclusão naturalmente desde o início, os pais estão liberando os demais filhos desse sofrimento, os próprios pais dão amor ao filho perdido e agora ninguém precisa ficar preso ao excluído, simplesmente por não haver excluído.
O Amor Cura!
O Amor Completa!