Quando uma criança é criticada, desqualificada, quem é ferido através dela?
O pai e a mãe.
Quando os pais não são respeitados, quem se fragiliza?
A criança.
Nós somos o nosso pai e a nossa mãe, juntos. Por isso que está escrito: - O que Deus uniu, o homem não separa. Não tem como dividir uma pessoa.
Ah! esta parte é a mãe, fica pra cá, porque eles se divorciaram. Esta parte é o pai, fica pra lá, porque eles se divorciaram.
Os pais permanecem unidos para sempre quando tem filhos. O que separa é o homem e a mulher, é possível deixar de ser cônjuge, mas os pais não separam nunca. São para sempre. Isso é tão significativo, não?
Se somos o nosso pai e a nossa mãe para sempre juntos (não podemos separar partes como foi dito) e estamos, o tempo todo a dizer ou a ouvir afirmações de que eles estão separados ou que "não tem pai", "não tem mãe", há um estado de contradição que fragiliza, que enfraquece, que "desempodera". E daí o que fazer com esse modo de falar arraigado no imaginário social?
Nossas palavras, o modo como proferimos, o modo como construímos as afirmações, tem o poder de produzir saúde, cura, bem - estar, fortalecimento. Há um modo de falar que enfraquece, fragiliza, fragmenta, separa, e também há modos mais eficazes de usarmos as nossas palavras, de construirmos as frases e afirmações que vamos dizer ao outro ou a respeito do outro. Palavras que curam, fortalecem, despertam a amorosidade, reconciliam, empoderam, liberam vida para a vida.
O sábio Salomão entendia bem deste assunto e escreveu que as boas palavras são como um favo de mel, doces para a alma e trazem cura para os ossos.
Trecho do livro: O que traz quem levamos para a Escola? - Pedagogia Sistêmica
Autoria: Olinda Guedes