Ser fiel ao nosso sistema familiar para nos sentirmos pertencentes ao nosso grupo nos conduz a uma lealdade desproporcional à nossa vida e a nossa situação atual porque passamos a viver um contexto que na verdade não nos pertence, no eu aqui e agora.
Por exemplo, podemos ser uma pessoa com várias características, tais como: agradável, gentil, amorosa, inteligente, saudável, e possuir uma queixa que vai ao encontro com o ser interior dessa pessoa. Apresentar uma queixa de se sentir sozinha, não ter conseguido constituir uma família e nem mesmo ter tido um relacionamento duradouro.
Como pode ter acontecido isso? Por que não consigo permanecer num relacionamento? Questões que surgem e muitas vezes vivemos sem obter uma resposta se não buscamos entender a razão.
A busca desse entendimento requer força, luta, coragem e disponibilidade para investir em si próprio. A vida é uma luta, uma busca do nosso próprio destino, da nossa própria felicidade. Para que isso possa acontecer precisamos sair da lealdade dos nossos antepassados. Sair com honra e com o sentimento de poder fazer diferente.
Por que antes da felicidade à lealdade?
A lealdade nos faz sentir pertencidos, no bando. Para não nos sentirmos excluídos faremos tudo para vivenciarmos o que está dentro das memórias trans geracionais do nosso sistema.
Seguir a lealdade pelos nossos pais é abrir mão da busca de si mesmo. É preciso perceber que os tempos são outros, entender, enxergar que o contexto que os nossos familiares viveram foram outros e que precisamos olhar para o novo contexto. O tempo o qual vivo é outro, sairei do pensamento de um cérebro reptiliano que não acompanha o caminhar dos tempos atuais e a evolução.
A felicidade abre portas para outros caminhos.
É importante sentirmos o nosso próprio corpo, a nossa alma e entramos em contato com o nosso sentir o amor por nós mesmos porque isso nos permitirá amar o outro e a nós mesmos. Buscar a nossa felicidade honrando os que vieram antes. Pensar que é sempre tempo de ser feliz.
Olhando para trás, o que eu já fiz pelos meus pais?
Vejo que como filha mais velha tive que ser mãe dos meus irmãos. Assumi responsabilidades antes do tempo e sinto que perdi algumas coisas... mas percebo que hoje posso colher bons resultados dessa vivencia.
Sinto que a escolha da minha profissão, psicóloga, que é minha paixão, me proporcionou crescimento. O meu percurso profissional compõe a psicologia que provê conhecimento da espiritualidade, do corpo, além da bioenergética que complementa meus estudos.
Através do profissional eu sigo buscando me conhecer mais e ser feliz.
Gratidão!