FORMAÇÃO REAL EM CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS - MÓDULO 2
“Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso apenas amar bastante e tudo ficará bem.
(…) Para que o amor dê certo, é preciso que exista alguma outra coisa ao lado dele.
É necessário que haja o conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta do amor”
Bert Hellinger
Neste módulo aprendemos através dos ensinamentos de nossa mestra Olinda e das leituras realizadas, que nós seres humanos podemos nos tornar pessoas com sensibilidade e de grande poder de alma, desde que tenhamos consciência de nosso sistema familiar e antedemos que temos que conhecer e respeitar as leis do amor que regem cada sistema familiar.
Bert Hellinger através da Constelação Familiar descobriu que as relações humanas são conduzidas por leis ou ordens, e essas leis atuam de forma invisível, ou seja, não é preciso conhecê-las ou concordar com elas, experimentamos seus efeitos em nossa vida diária, querendo ou não.
Pois essas leis demonstram, como nossas relações podem se tornar mais leves e saudáveis, permitindo uma melhor compreensão e entendimento das relações familiares.
Através do estudo das Leis do Amor muitas fichas caíram em relação ao nosso sistema familiar bem como nas demais famílias, que sofrem de emaranhamentos trazidos de várias gerações anteriores por falta de conhecimento e de querer ter uma vida mais abundante e Feliz por pensar e julgar que a culpa sempre é do outro.
Por isso sou imensamente grata pela oportunidade de estar nesta formação e ter a oportunidade de conhecer esse ensinamento através de Nossa Mestra Olinda que com simplicidade e humildade toca o nosso coração e faz com que a cada aula que assistimos realizamos constelação de nosso sistema familiar.
Poderia falar de todas as leis do Amor mas quero aqui relatar sobre a Lei Pertencimento pois tenho vivenciado em meu sistema familiar situações que hoje entendo que tem tudo a ver com essa Lei.
Segundo Bert Hillinger, todos nós fazemos parte de uma família. Quer gostemos ou não dela. Não há como alterar isso. Nenhum de nós tem mais direito do que outros de pertencer, todos - absolutamente todos - pertencem. Inclusive aqueles que não nasceram, ou nasceram e morreram muito cedo, todos os mortos também continuam a pertencer.
Aqueles que são vistos como "os diferentes" também fazem parte, os assassinos, os que burlam regras, todos aqueles que ao nosso juízo de valor são os ditos “maus” do sistema, pertencem. Nós não temos o direito de decidir quem pode ou não pertencer a nossa família, e quando excluímos alguém do sistema, muitos sofrimentos e tristezas são causadas nos sistemas familiares.
Para mim marcou muito quando assisti o vídeo da fala da Olinda e nas leituras realizadas sobre esta Lei, sempre tive muita dificuldade de entender porque meu pai não tinha muita ligação com seus irmãos e até muitas vezes assisti brigas de meu pai com um irmão mais novo que ele e percebia que havia muito ciúme de meu pai deste meu tio.
Em uma constelação que fiz mostrou que eu estava carregando esta dor do meu pai, nesta constelação tive que fazer o exercício de devolver este fardo para meu pai que isso não era meu, fiz o exercício por várias vezes, mas mesmo assim não entendia, depois de começar de estudar mais sobre as constelações familiares e querendo conhecer um pouco mais sobre a história dos meus avós e bisavós.
Conversei com meu pai, que relatou de que meu pai tinha 7 anos quando meu avó foi chamado para ficar no quartel quando da segunda guerra mundial e eles eram em 4 filhos menores que meu pai , meu pai é o mais velho da família , como minha avó não podia tomar conta de todos, os avós maternos levaram o pai para sua casa , segundo meu pai 7 anos ele ficou sem ver seus pais e irmãos. Enquanto meu avó seu estava no quartel , o irmão depois de meu pai faleceu e ele ficou sabendo somente 7 anos depois.
Quando meu pai tinha 14 anos ele ficou morando com os avós paternos, mais uma vez não podendo ficar com seus pais e irmãos, porque meus avos tinham mais 4 filhos somando 7 filhos com meu pai seria 8 filhos, como meu pai era o mais velho e já não estava em casa foi morar com os avós paternos, vindo morar para Santa Catarina, e depois disso começou a trabalhar para outras famílias e nunca mais voltou a conviver com a família.
Em razão deste distanciamento de sua família meu pai nunca se relacionou direito com seu pai e irmãos uma das coisas que sempre percebi que meu pai não pertencia aquela família e por muito tempo eu sempre tinha pena e do de meu pai por não ter vivido com sua família e irmãos.
Hoje com este conhecimento de que cada um tem seu lugar na família não importa como foi e os motivos que os distanciaram estamos resgatando esses laços familiares entre os tios, tem sido muito gratificante e curativo.