Aqui estou eu, de novo, olhando ao redor e vendo mais um tema importante (do meu ponto de vista, é claro) sobre os efeitos do Covid-19. É engraçado, eu nem achei que teria tanto para falar sobre um vírus. Bem, sobre ele propriamente nada tenho a dizer (não entendo nada desse assunto), mas as suas consequências, que serão muitas, vão nos dar tema por muito tempo.
Se você tem acompanhando a mídia, está vendo que a natureza tem tomado conta do mundo com muito carinho, não está perdendo tempo em recuperar-se, já que os carrapatos humanos (eu me incluo nessa) estão fora de circulação.
Isso me fez lembrar de um velho dito: "sua liberdade termina onde começa a do outro". Nós sempre fomos adeptos e amantes da liberdade de ir e vir, de fazer o que bem quisermos, certo? Pois é, a mim me parece que esse é um dos muitos pontos de discórdia no mundo, principalmente, nos relacionamentos pessoais.
As pessoas não estão acostumadas a respeitar a essência do espaço alheio. Maior prova disso tem sido a recuperação em tempo recorde da Natureza. E o que quero dizer com a essência do espaço alheio? Quero dizer que a sociedade "civilizada" tem colocado algumas regras em forma de leis e bons modos apenas no sentido de facilitar a convivência semi pacífica entre os seres (humanos). De resto, tudo pode.
Quando você decide usar seu o direito de ir e vir, seus espaços e seus poderes sem levar em consideração aqueles que dividem o mesmo território físico e emocional, fica muito fácil de errar a mão. E isso está se tornando bastante evidente nesse momento.
Usar máscara ou não usar, ficar em casa ou não ficar, condenar aqueles que precisam sair ou não condenar, e tantos outros exemplos, esses são todos itens de uma coisa maior chamada respeito. E isso exige pensar fora da velha caixa do eu primeiro, eu segundo, eu terceiro...
Será chato, desagradável até no começo. Mas, de fato, para que se chegue a uma vida com respeito e igualdade para todos, teremos que abrir mão do egocentrismo doentio e rever muitas posturas.
Muitas coisas deverão ser revistas quando olhamos por esse ângulo. Vai ser difícil admitir que não precisamos de tanto espaço, já que estamos tão habituados a nos enfiar em todos os lugares, que não precisamos de tanta tecnologia, já que não há lugar suficiente para o lixo dentro do nosso espaço pessoal (experimente guardar por uma semana no seu quarto todo o lixo que sua família acumula).
Eu poderia ficar aqui a tarde toda citando exemplos do que a liberdade individual e egoísta é capaz de produzir, mas creio que já me fiz compreender. Até porque cada um sabe de que modo usa ou mal usa sua liberdade e seu respeito pelo espaço do seu próximo. Bem, isso vai desde toalha molhada no sofá novinho da mamãe até as florestas, mares e outros habitats naturais destruídos pelo egoísmo e a economia humanos.
Ainda vai levar um tempo, mas essa ficha vai cair. E as novas gerações serão melhores do que nós, com a benção do Divino. Amém!!!!