Já faz um tempo que não consigo mais olhar as situações como se tudo se limitasse àquilo que consigo ver (acho que nunca consegui). E quando digo isso, não me refiro à religiosidade, porque essa tende a esconder mais do que mostrar. Também não me refiro às sincronicidades, a espíritos ou fenômenos mediúnicos. Não como eles normalmente são vistos, estou procurando vê-los como realmente são. E o que significam.
E você pode se perguntar o que eles são afinal? Eu posso responder, pela minha experiência, que são o nosso cotidiano, aquilo que somos no aparente invisível, apenas porque nosso olho interno permanece "fechado".
É claro que é preciso ter cuidado, pois que o ser humano é por demais imaginativo e atraí para si tudo, absolutamente tudo, de acordo com sua forma de "ver". Eu ainda fico muito confusa com isso, porque custo a crer em certas circunstâncias que se me apresentam. Nada demais, para quem está acostumado a olhar além da 3D. Coisa que, aliás, nem todos fazemos, porque simplesmente somos "racionais" demais.
Porque contactar outras dimensões pede uma mente tranquila, em estado meditativo, um reflexo sem manchas na mente. Não que eu seja uma meditadora nata e nem inata. (Ps: essa duas expressões não são sinônimas na verdade, embora sejam usadas como se fossem), mas apenas porque minha sensibilidade aflora, de vez em quando.
Ficamos imaginando que as outras dimensões sejam lugares como a 3D "parece" ser, uns dizem que é e outros dizem que não é. Mas, quando entramos em um estado "alterado" de consciência, conseguimos contactar o que chamamos de outras dimensões, que sim, estão todas aqui no mesmo "lugar".
O segredo, ao meu ver, a chave de tudo isso é a palavrinha consciência. De onde tudo, exatamente tudo, emerge. Somos o sonho da Consciência que experimenta tudo o que imagina, e que é capaz de visualizar tudo o que pode existir em qualquer plano ou dimensão. E não sou eu que estou dizendo, são os cientistas. Eu estou apenas tentando verbalizar o pouco que tenho conseguido compreender disso tudo.
Porque é preciso que decifremos a influência das outras dimensões em nosso dia a dia, nas experiências cotidianas. E não falo de fenômenos estranhos, falo de nossos pensamentos e emoções que são invisíveis, mas totalmente perceptíveis, como o vento, por exemplo.
Vamos tecer esse paralelo, o vento não é visto, mas é percebido de muitas formas, desde uma leve brisa que roça nossa pele, até um vendaval devastador. Assim são as outras dimensões, onde alcançamos o que nossos pensamentos e emoções reproduzem a nível físico, seja em nosso organismo ou fora de nós, como situações, coisas, encontros pessoais e o que mais existir.
Estar além da 3D significa, no meu humilde entendimento, estar em contato com seu verdadeiro eu, sua essência ou o que chamamos de Centelha Divina ou o Deus que está em nós, ou do qual somos a manifestação.
Porque é isso, não é mesmo?
Se a verdadeira realidade se dá em múltiplas dimensões, nós enquanto seres físicos, somos apenas mais uma manifestação da Consciência, que vive em nós (ou somos nós que vivemos nela?)
Há muito para se refletir sobre o tema, e não é fácil encontrar experts, já que cada um é um Universo único e irrepetível. Mas, sigo buscando, perguntando e descobrindo mais quem sou, por meio do olhar que vai além da 3D.
