Na lida terapêutica fico cada vez mais impressionada com a quantidade de mulheres com idade entre 35 e 50 anos relatando dificuldade para encontrar a "alma gêmea".
Quando começa o diálogo mais aprofundado e chega na infância... tudo vai clareando.
Muito comum elas falarem sobre o pai provedor, o marido da mãe (sisudo) e, invariavelmente, vem à tona uma constatação quase óbvia: faltaram abraços, carinhos e cafunés na infância.
Teve tudo no quesito material, não fluiu o muito significativo para uma criança: afeto.
Basta um pouquinho mais de indagação e vem à tona o óbvio: o pai desta mulher também não aprendeu com os pais a importância das manifestações carinhosas e por aí vai. Ele não aprendeu isso, como praticar com os filhos e filhas?
A imagem dos pais "perfeitinhos" acaba virando prisão emocional até que se conheça as leis sistêmicas e compreendemos quanto seguimos, por amor, nossos pais.
Então, o que falo pras minhas clientes mulheres e homens, sempre, é: se esforcem para abraçar mais e serem afetuosos com os pequenos. Eles querem (e precisam) muito disso.
Se ainda existem bloqueios por conta dos padrões familiares, é começar, discretamente. Um passo de cada vez, como dizia Bert Hellinger. E quando se vê, teremos caminhado léguas e léguas.
Quantas mulheres e homens procuram no mundo dos relacionamentos amorosos suprir vazios deixados pelas lacunas afetivas da infância.
Papais e mamães, abracem mais seus filhotes! O futuro agradece.
Creuza Medeiros é terapeuta integrativa em Cuiabá (Constelação hidrossistêmica/Alinhamento Energético e Pranic Healing).