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MEA CULPA OU DEIXE DE SER "CRIANÇA*"

MEA CULPA OU DEIXE DE SER "CRIANÇA*"
Simone Belkis
jan. 15 - 4 min de leitura
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Acho que toda pessoa que busca sua verdade, acaba encontrando. Mesmo que seu achado seja decepcionante. Foi mais ou menos o que aconteceu comigo, eu quis encontrar minha verdade, minha identidade real, mas o que acabei achando pelo meio do caminho não foi nada bonito.

Tudo bem, eu sei que ainda não cheguei lá, pois que aprendi, antes disso, que não se chega ao silêncio do Divino sem antes passar pela zoeira das emoções. Só não sabia que ia ser tão vergonhoso😳.

O que quero dizer é que estou tendo que bancar a latina (perco o sentido do texto, mas nunca a piada) e enfrentar um mea culpa bem enfrentado, mas estou só no começo, entendeu? Aprender a humildade, depois de anos nadando na arrogãncia deixa o nado um pouco difícil. Hehe.

Quando você descobre, de verdade, que é uma boa pessoa, com excelentes intenções, mas entende finalmente o sentido de: "de boas intenções o inferno está cheio", acaba se dando conta que era mais ruizinha do que podia admitir o seu Ego inflado e chato para caramba. Mais fácil adotar a armadilha do espelho e projetar todos os seus podres na conta do vizinho. E quem nunca, ?

Pois é, eu dei milhões de voltas ao redor da base dos meus conflitos e sempre via tudo nublado, já que não conseguia entender o significado de autorresponsabilidade. Não que eu já esteja dominando o assunto, longe disso, mas por algum lugar precisamos começar.

Bom, aí vai o mea culpa, eu percebi que por trás da pessoa esforçada, que se arvorava de boa moça, querendo ajudar todo mundo, ou melhor, salvar todo mundo, tinha na verdade uma criança (por isso o mea culpa com o "deseiinho" infantil na capa do texto) machucada e ressentida, que vestia uma mascarazinha de arrogância para se proteger e se defender, mas esqueceu de tirar depois que cresceu.

Mas, permitam-me um argumento de defesa, essa minha criança, assim como a sua e a de todo mundo, precisava dessa máscara, era escolher entre o medo (que nos faz acovardados) ou a raiva (que nos faz arrogantes e prepotentes), cada caso é um caso.

E digo que, por mais que não pareça, essa é a forma que temos para nos defender desse sistema que perdeu o real sentido de ser humano e que já mudou de "Senhor é meu pastor" faz tempo. Acontece que estamos entrando em uma nova Era, em um tempo onde já não cabe mais a falta de consciência e de responsabilidade adulta. Deixemos nossas crianças nos porta-retratos e álbuns de fotografia (ou na biblioteca do celular).

Vai chegar o momento (e não está longe) que teremos que descer dos nossos pedestais, olhar-nos honestamente, e admitirmos que somos sim pretensiosos, metidos, egoístas (a lista é longa), mas que usamos isso como mecanismo de defesa para tentar proteger nossa fragilidade, nossa vulnerabilidade. E que ser assim também faz parte, somos fortes e frágeis ao mesmo tempo.

Bom, esse papo daria pano para muita manga e daria até para lançar uma coleção, mas a ideia é contar aqui o quanto estou vulnerável e forte em enfrentar meus fantasmas e admitir-me humana.

Talvez, você não compreenda muito bem o significado dessa máscara, pois que é preciso tirá-la para ver que ela estava lá. Vai precisar de tempo, autoconhecimento, mas principalmente de amor-próprio para entender. Pelo menos, assim tem sido comigo. E queira Deus que meus "pecados" estejam perdoados😏.

 

 * Essa expressão, nesse contexto, não tem a intenção de ofender a ninguém, mas se a carapuça servir, use-a sem preconceito😁.

 


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