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MEDOS E TRAUMAS: PORQUE AS PESSOAS ENLOUQUECEM?

MEDOS E TRAUMAS: PORQUE AS PESSOAS ENLOUQUECEM?
Suzana Langner
dez. 18 - 12 min de leitura
030

 

 

Olinda Guedes

Vídeo: Clube Real do Saber Sistêmico – Aula 005

Transcrição: Suzana Langner

 

Grande parte da nossa saúde mental está ligada aos nossos relacionamentos funcionais. 

Não só a nossa saúde mental, mas também a nossa saúde corporal e a nossa saúde física.

Nossa saúde e nosso corpo respondem de maneira muito criativa, a tudo o que nós precisamos realizar nesta vida e nos relacionamentos. 

O nosso corpo é um medidor, como um termômetro de tudo aquilo que nós experienciamos, são reflexos de todas as memórias, não só o nosso corpo físico, mas todas as dimensões do nosso organismo, a mental, emocional e a dimensão espiritual. 

Então é muito importante nós respeitarmos todas as dimensões do nosso organismo e de quem nós somos. 

Nós necessitamos ter relacionamentos funcionais e felizes.

O primeiro ponto, que faz com que as pessoas percam a sua sanidade e a sua saúde mental e faz com que as pessoas enlouqueçam é a falta de qualidade de relacionamentos funcionais. 

Como é fundamental nós termos relacionamentos funcionais.Como as relações disfuncionais são perigosas para a saúde mental e como elas nos traumatizam. 

E nós não devemos nunca duvidar das relações disfuncionais, mesmo que elas não sejam tão evidentes, porque existem muitas delas que não são muito evidentes, elas são assim: discretas. 

Todos os dias conviver com uma pessoa mal humorada todos os dias, ela só está assim um pouco chateada com a vida e ela um dia serve café da manhã outro não serve, porque afinal de contas, as pessoas também têm o direito de ficar chateada ou aborrecida e aí elas esquecem, que elas têm filhos lindos em plena idade de desenvolvimento e não acordam para preparar o café da manhã para os filhos. 

E às vezes, os filhos encontram essa pessoa que serviu o café da manhã e outras vezes os filhos, os pais estão dormindo, dormindo, fazendo arte. Mas às vezes, não é que não tem o café da manhã servido e gentil numa mesa. 

Não tem nem alimento em casa né? 

Adultos disfuncionais fazem isso. 

Às vezes fazem isso e não é muitas vezes por uma razão, por não terem um trabalho, por não terem um alimento em casa. 

Adultos disfuncionais fazem isso, porque simplesmente eles não se importam. 

Quantos adultos disfuncionais não têm uma rotina de deixar sempre um bolo preparado em casa, ou de trazer um pão da padaria em casa, ou de prover com frutas o café da manhã, ou com leite. 

Então, não é porque não tem dinheiro e não tem recursos, é porque não prestam atenção simplesmente não sei onde estão, esquecidos, indisciplinados, desobedientes. 

Esqueceram que nós pais, precisamos servir, que um líder ele tem uma grande responsabilidade de servir, não é de ser servido não. 

Primeiro, o líder precisa servir. 

Que a beleza daquele livro, que é o Cristo servidor. Cristo ensinou para nós, naquela cerimônia linda do lava pés: aquele que está em primeiro lugar, ele serve.

O adulto, ele precisa estar ciente que ele está o tempo todo determinando a sua vida, o seu entorno, que ele dá o tom. 

Ele realmente dá o tom. Quando tem ordem, cuidado e tem zelo, quando os adultos estão funcionais, existe qualidade de vida, existe saúde mental, quando aqueles que estão em primeiro lugar, lembram-se da sua liderança, da sua disciplina, do seu dever de cuidar, então a família cresce com saúde mental. 

A qualidade de vida e dos relacionamentos, a disciplina, o servir com amor faz com que as pessoas possam crescer com saúde mental. 

Como é que um problema mental se estabelece na vida de uma pessoa? 

Se estabelece com relacionamentos disfuncionais. 

Não precisam ser exatamente estas coisas assim, horríveis que levam à delegacia da mulher, que levam ao conselho tutelar, abusos, espancamentos. 

Não as redes de proteção, um problema para trazer falta de saúde mental, para trazer trauma, para estabelecer sofrimentos mentais, basta ser disfuncional o cotidiano, basta ser assim, de vez em quando eu vejo essa pessoa, de vez em quando eu cuido dela, de vez em quando eu dou atenção, de vez em quando eu não estou nem aí pra ela. 

Amante.

Vocês sabem a história dos amantes, eles não deveriam ter esse nome, porque de amor eles não tem nada. 

Eles traem. Em primeiro lugar eles traem a si mesmos, porque nós vivemos num mundo, onde necessitamos de relacionamentos monógamos, de relacionamentos com fidelidade e fiéis.

Onde os nossos filhos possam imitar aquilo que nós praticamos. 

Os amantes estão semeando problemas mentais futuros para seus filhos, seus bisnetos.

 Eles pensam que estão fazendo as coisas escondidas. Escondidas de quem? 

Deus enxerga tudo, o coração enxerga tudo, o campo informa o tempo todo. 

Você acha que um amante esconde? Esconde nada! Eu desejo que meus alunos aprendam o quanto antes. Se aquilo que você faz, os seus filhos não podem saber significa que você tem que parar de fazer. 

Se aquilo que você faz, causaria vergonha, causaria sofrimento, então, você não pode mais fazer. Você não pode de jeito nenhum fazer aquilo que os seus filhos não podem fazer e nem saber o que você faz. 

Se os seus filhos não podem saber que você faz isso seria vergonhoso para eles, você não pode fazer. 

Fazer uma vida, onde a gente está semeando qualidade de vida, significa que nós temos uma vida íntegra, de paz, uma vida de verdade no presente e no futuro. 

Quanto mais íntegro você for, quanto mais ético, quanto mais moralmente ético você for, mais você será uma pessoa que estará curando a humanidade, e fazendo prevenção de saúde mental. Uma pessoa com falta de hombridade, com falta de austeridade.

Quando nós temos uma vida responsável, nós vamos tratar bem as pessoas do nosso entorno, nós vamos tratar bem a nós mesmos. 

Nós vamos saber que nós temos um compromisso de vida. 

Um compromisso com nossos filhos, um compromisso verdadeiro. Nós vamos fazer para o outro aquilo que faria bem para nós. Deste modo nós não estaríamos não só evitando criar traumas, de criar transtornos mentais, de criar depressão, de criar sofrimento, de criar angústia, de criar ansiedade. 

Como é difícil para uma criança um dia ser tratado com carinho e o outro com ponta pé. Relações abusivas adoecem, deixam pessoas destemperadas. Não seja você um abusador, não seja você aquele grosseiro, aquele que não tem elegância nos seus relacionamentos. 

Nós precisamos ter elegância nos nossos relacionamentos. Coisa mais deselegante num relacionamento é a pessoa não ter vida íntima. 

A pessoa está num relacionamento conjugal e ela sabe que o seu companheiro ou a sua companheira precisam de intimidade, precisam, querem namorar. 

E um relacionamento conjugal, um relacionamento íntimo desde que você esteja convivendo com a pessoa, em comum acordo, você vai ter intimidade com essa pessoa, vai ter alegria, você vai alegrar e ser alegrado, vai ter a sua intimidade. 

Mas é para isso que existe um relacionamento conjugal, ele só existe para isso, e aí, a pessoa vem diz assim: e trata o outro até de maneira grosseira, faz aí vira a cara do lado e faz.

Desagradável isso! Os casais precisavam fazer tantra, mesmo! 

Tantra é a arte de namorar. 

Ou pelo menos fazer a massagem reparentalizadora. 

Quem tem uma vida sistêmica, vai ajudar a ter prevenção de transtornos mentais no futuro, de criar traumas no futuro. 

Nós precisamos parar de pensar que trauma é só quando se dá um tiro em alguém, ou facada em alguém, ou quando dá uma surra. 

O passado tem que ser revisto, tem que ser cuidado. 

A gente tem que levar a sério, tem que ser carinhoso, tem que ser gentil. A falta de elegância é o princípio de relações abusivas. 

Você admite a pessoa ser deselegante com você ou no primeiro dia responde:

 - O QUE?! 

No quinto ano de relacionamento essa pessoa está lá sentada no sofá, esqueceu que você precisa de carinho, precisa de amor. 

E a deselegância é o princípio das relações abusivas. 

Então não seja deselegante nem com você, nem com seu cônjuge, nem com seus filhos, nem com seus funcionários, nem com ninguém, e não admita deselegância na sua vida. 

Porque quanto mais você é rigoroso e obediente e você trata a si mesmo como Deus te trataria, como uma pessoa que mais ama você e que ama de modo funcional te trataria, mais você terá saúde mental.

 Esse é um parâmetro simples. Eu vou amar a mim como Deus me ama. Deus não admitiria que alguém ficasse abusando ou desrespeitando. Imagina esse Deus amoroso, o carinho, a gentileza que a gente pode ter com a gente. 

Já falei para vocês um dia de onde vêm estas relações abusivas? 

Vêm do destempero da cabeça das pessoas.

Primeiro quando nós admitimos uma relação abusiva estamos ajudando alguém a continuar destemperado. 

Temos que dar feedback e dizer para a pessoa. 

Olha, não é desse jeito que eu gosto de ser tratada, eu gosto que você me trate bem. 

Você pode me tratar de uma forma mais gentil, e você faz isso uma vez, duas vezes, três vezes. Se não funcionar, ou você se separa, ou vai fazer terapia. 

Aliás, já deveria ter feito quando aconteceu a primeira vez e você já não soube lidar, deveria fazer terapia, ou vai fazer terapia para resolver isso ou vai para um tribunal, uma vara de família, e se divorcia. 

Agradeço essa pessoa, não é desse jeito que eu quero viver e vai para frente. 

Não precisa brigar. Se você está minimamente funcional, você vai dar chance para essa pessoa melhorar, e você vai dar chance de novo três vezes.na quarta vez, já significa que é uma relação abusiva.

Quando os adolescentes convivem com adultos destemperados, claro que eles vão ficar com crise, não é normal ter crise de adolescência, não tem a ver com...Ah, é hormônio! 

Que hormônio coisa nenhuma! Tudo bem que tem hormônio, que tem mudança e não é fácil crescer. 

A vida não é fácil para ninguém, nem para os adolescentes, mas crise de adolescência, só significa que nós adultos estamos sendo disfuncionais.

É isso mesmo! Relações abusivas em ambientes de trabalho fazem com que a pessoa entre em exaustão. Faz com que se desenvolva uma síndrome que chama síndrome de Burnout, faz a pessoa ficar com medo de ir para o trabalho. 

Nós precisamos ser respeitados. 

Relações funcionais nós precisamos ter em todos os âmbitos de nossa vida. 

Uma relação abusiva grave, vai criar daqui duas ou três gerações, transtornos mentais graves. Porque no agora, pessoas vítimas de relações abusivas graves, elas não terão psicoses, as psicoses, elas demoram, duas, três gerações para chegar. 

Geralmente de três a quatro gerações para chegar, então que é responsável pelas psicoses? Nós, hoje, somos responsáveis pela saúde mental de três, quatro gerações para frente. 

Não depende de nós a saúde mental imediata dos nossos filhos, vai determinar a ausência de psicoses nos nossos bisnetos ou nos seus trinetos. 

Portanto se você é um adulto que carrega uma situação de transtorno mental, grave, traumático, por exemplo as esquizofrenias, as bipolaridades, as depressões graves, as alucinações, os delírios essas situações elas aconteceram, são memórias traumáticas de três ou quatro gerações antes, de relações abusivas anteriores. 

Muitos dos sofrimentos, pessoas que sofrem neste momento de transtornos mentais de bipolaridades, esquizofrenias, gagueiras, dislexia. 

Elas são memórias transgeracionais de três ou quatro gerações. As situações psicóticas, as bipolaridades, as depressões profundas, sem causa no contexto agora, as angústias, as ansiedades. Esses sofrimentos emocionais. 

As causas disso são memórias transgeracionais. 

Dependência química não é memória de três, quatro gerações, é de primeira geração


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