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Menos é mais?

Menos é mais?
Simone Belkis
out. 31 - 3 min de leitura
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Eu me descobri, um tempo atrás, um tanto minimalista. Um tipo de pessoa "que reduz a um mínimo o uso de recursos e elementos". (Site Significados)

Não por questões ideológicas, mas porque na verdade fui levada um pouco pelas circunstâncias da minha vida e outro tanto por questões de personalidade mesmo (o que no fim, pensando bem, dá na mesma). 

Meu quarto tem o mínimo necessário de móveis, não tem quadros nas paredes, eu só tenho 3 cobertas (e moro em Curitiba, a capital mais fria do Brasil). Em compensação tenho umas 20 calças (é que ganhei a maioria delas e, claro, Curitiba tem verão de vez em quando). E como eu disse, sou um "tanto" minimalista.

Bom, mas por que estou contando detalhes de minha vida íntima??? Porque menos é mais.

Uma das principais feridas do mundo atualmente é a economia, que sim é um dos pilares que movimentam a terceira dimensão, e por isso, tem seu valor. Mas os princípios criados pelo ser humano para gerir esse setor, pelo menos do meu ponto de vista (e admito, não sou expert em política social ou econômica), leva em consideração muito mais o consumo como força propulsora de criação de escassez do que como excelência em atender necessidades. Aliás, uma das principais funções da Publicidade e da Mídia é inventar necessidades. Tudo bem que a tecnologia, a inteligência, a ambição e a prosperidade são elementos agradáveis a qualquer ser humano, sob qualquer condição. Afinal, quem em sã consciência dispensaria conforto, segurança ou liberdade?

Mas, quando optamos por seguir o fluxo e adotamos para nossa vida necessidades extras ao básico viver, extrapolamos (e feio) a "Pirâmide de Maslow,  que define cinco categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afeto, estima e as de autorrealização". (Site Wikipédia)

Há que se considerar, também, o fato de que necessidades inventadas atendem, geralmente, ao nosso lado imaturo, infantil e mal amado.  Isso é desnecessário discutir, certo?

Então, partindo desse pressuposto e diante dos estragos que o excesso de necessidades inventadas têm criado como acúmulo de lixo físico, mental e espiritual, todos concordaríamos (se conscientes estivéssemos) que menos é mais.

Menos matéria prima, é menos lixo e mais saúde. Menos carros nas ruas, é menos poluição e mais ar puro, menos opções de escolhas, é menos dúvida e mais garantia de satisfação. Isso é o básico, o que aliás, estou tratando de forma bem básica e até minimalista, afinal esse é um tema que dá pano para manga.

Mas, no fim de tudo o que me leva mesmo a discutir é a consciência que o ser humano vem perdendo com o passar do tempo, quando acha que está ganhando em acumular coisas, informações e vazios existenciais.  Por isso, menos é mais, porque quando temos menos fora de nós (e claro, o básico bem estruturado será sempre suficiente), teremos a chance de encontrar o mais dentro de nós, que ao fim e ao cabo, é o verdadeiro objetivo de existir. E então, menos não muito mais??


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