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MESMO SEM CONHECER, EU FAÇO PARTE!

MESMO SEM CONHECER, EU FAÇO PARTE!
ROGERIA AUGUSTA ROCHA
mar. 3 - 3 min de leitura
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Olá queridos antepassados!

Sou a Rogéria Augusta Rocha, filha de Ângelo Zaupa e Doracy Rodrigues da Rocha.

Fico olhando para essa página em branco, depois de meses de procrastinação, e realmente não sei o que lhes escrever. Isso é raro na minha vida, não saber o que falar, porque me acho comunicativa. Talvez devo muito disso a alguns de vocês. Mas como saber?

Nasci de uma relação extraconjugal do papai. Minha mãe era uma das moças mais lindas da cidade, tinha 23 anos e namorava meu pai há dois. Meu pai era caminhoneiro e minha mãe gerente de supermercado.

Ele morava em outra cidade, mas assiduamente estava em Umuarama, onde minha mãe residia e eu nasci. Após dois anos de namoro a mamãe teve o seu primeiro momento íntimo com meu pai e engravidou. Aos 3 meses de gravidez (da qual o papai ainda não sabia) ela descobriu através de um amigo que ele era casado.

Minha mãe, junto com alguns familiares, foi averiguar. Seu mundo ruiu. Ele afirmou seu amor por ela e afirmou que buscaria a separação para viver com ela. Ela não aceitou. Ele tentou durante os dois anos seguintes, em vão.

Para poder seguir a sua vida em paz ela arranjou um esposo, teve dois filhos com ele, mas nunca o amou. Essa relação durou 11 anos. Nesse período, papai faleceu, aos 39 anos.

Anos mais tarde fui saber de tudo isso.

Entendem agora, queridos antepassados paternos, por que é difícil eu falar sobre vocês? Hoje eu os sinto, eu os reverencio, sou grata. Por que só hoje? Porque agora tenho uma nova consciência, afinal busquei através das constelações me curar.

Muita gratidão a todos por permitirem que a vida viesse até mim pelo preço que custou, através do papai. Fico imaginando quanta coisa deixei de aprender, de experienciar, de saborear, de chorar, de viver com vocês. Imagino se teriam me amado, me aceitado... sinto que sim, porque sou uma pessoa incrível!

Sei, me observando e me questionando, que muita coisa que sou, herdei de vocês. Sou grata por isso. Grata por tudo que passaram de bom ou não muito bom, mas necessário.

Quanto aos ancestrais maternos, também não tenho muito conhecimento. Meu avô, Joaquim Rodrigues da Rocha, baiano, de temperamento forte, muito responsável, trabalhador, carpinteiro, pai amoroso e vovô muito amado, casou-se com a vovó, Hermínia dos Santos Tolentino, mineira, dona de casa, amorosa e muito disciplinada, que ajudava todos que pediam ajuda.

Ouvi, quando criança, que a bisavó (mãe do vô) era mediúnica, benzedeira, vidente e a mamãe não gostava dela. Sobre a mãe da vovó falavas-se que fazia bolinhos fritos maravilhosos.

Às vezes imagino a feição de vocês, o que gostavam de fazer... Sei que não posso mudar o que aconteceu. Sou extremamente grata por tudo ter sido como foi, do jeitinho que aconteceu. Mesmo sem conhecer minha história ancestral, mesmo sem conhecer o rostinho de vocês, eu os amo muito. Tento ser uma pessoa melhor a cada dia para poder honrar vocês.

Saibam que amo vocês e os reconheço em mim. Isso é mágico!

Gratidão por terem contribuído para que a vida chegasse até mim. A partir disso eu tomo vocês e faço o melhor da minha vida.


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