Por muito tempo, eu não entendia o motivo de uma eterna insatisfação com o meu trabalho: tanto o anterior, quanto o atual.
Afinal, quantas pessoas não gostariam de estar no meu lugar? A sensação de que eu pudesse estar sendo ingrata e o receio de ser punida pela vida, não me deixavam enxergar a minha verdade.
Eu nem sequer sabia o quão insatisfeita eu estava, e ainda estou, até que comecei a desenvolver trabalhos de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, que me trouxeram clareza sobre essa área, sendo a visão sistêmica o que mais contribuiu para isso.
Primeiramente, eu descobri que as minhas duas escolhas, o emprego atual e o anterior, não foram baseadas nos meus desejos, no que eu ansiava para minha vida, mas sim, em necessidades e expectativas alheias. O primeiro foi para atender à minha mãe, o segundo ao então marido. Nas duas vezes, havia a mesma expectativa e imposição: que eu sustentasse a casa como provedora principal. Era algo que me incomodava absurdamente, me adoecia, mas eu não tinha forças para sair de imediato nem de uma situação, nem da outra.
O segundo ponto é que eu tenho um trabalho, mas não tenho uma carreira. Vou todos os dias, cumpro com minhas obrigações, sigo meus horários, atendo às determinações, mas não me sinto realizada no que faço.
Na maior parte do tempo, me sinto subaproveitada e sem motivação.
Foi muito doloroso chegar a estas conclusões!
Veio uma imensa sensação de revolta por ter perdido tanto tempo, porque, no meu íntimo, eu sabia que não estava vivendo o meu propósito!
A vida não permite atalhos.
Mais cedo ou mais tarde, teremos que retomar o nosso caminho. Agora eu tenho a clareza e a maturidade necessárias para fazer minhas próprias escolhas, sem intervenções de terceiros. Escolhas essas que já têm sido feitas!
Estar nessa formação sistêmica é uma delas!
Pela primeira vez na minha vida eu tenho a convicção de estar no meu caminho, aquele que está alinhado com a criança que fui na infância e com a mulher que eu me tornei.
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