Na verdade, em alguns momentos, eu mesma ainda não sei bem, quem sou. Volta e meia estou sempre me perguntando, quem sou eu? Descobrindo, pesquisando, experimentado, mudando... repensando descortina que é preciso mudar.
Aliás, acho que a melhor definição, que caberia em mim seria, metamorfose, mudança, transformação, pois vivo essa constância a cada segundo, e quanto mais refuto sobre isso, me torno um ser em trabalho de evolução e ascensão.
Sem sentir vexame, ou desmérito, por voltar atrás, de reaprender, de recomeçar, de mudar de ideia, de reinventar... sem medo de dizer que preciso aprender a cada dia, pois almejo me tornar melhor sempre, e contagiar o maior número de pessoas possível a fazer o mesmo.
Para perpetrar essa reflexão na vida, pois vivemos uma busca desenfreada, em conhecer pessoas famosas, que exibem status muito visitados, e temos dado, pouco tempo para descobrir quem somos, onde queremos chegar, o que em nós já está consolidado, e o que ainda precisa se consolidar. E quem são os que contribuíram para que toda essa evolução acontecesse em nós.
Passar a dá importância às ações que realmente valham a pena, que construam em meu ser, fonte de energia que produza vida, paz e luz para meu caminho, e incentivo a essa descoberta. Desse modo, me apoio no saber sistêmico, e por meio das memórias transgeracionais, possibilitam o surgir dessa imagem de quem Sou Eu.
Pois sou: um pouquinho dos meus antepassados, que aqui viveram, que sem muita tecnologia, como nos dias atuais, sobreviveram a tantos obstáculos, ultrapassaram limites, que eu não poderia, e ofertaram por meio de sua célula, a minha vida, a dignidade, e os legados familiares que permeiam a consolidação do meus caráter.
A estes, minha eterna gratidão, pois os reconheço como parte do meu ser, de minha construção (subconsciente), e recordo de meus bisavós paternos, que aqui chegarão e viverão. Mãe Acidália/Pai Messias, pessoas que sobreviveram a desafios constantes na sua vida cotidiana, e superaram a muitos obstáculos, do caminho, alcançaram a graça divina, triunfaram com êxito na vida.
A eles devo o amor a terra, pois eles o cultivavam em seu sítio cheio de frutas e galinhas. Meu amor ao mar, talvez esteja ligado a eles, pois criavam peixes e camarões, e tinha salina... acho que por isso tenho paixão por contemplar o mar, que me transmite paz, e renovação. Amor as plantas, tenho uma pequena horta de hortaliças em meu quintal.
Mãe Acidália, como toda família chamava, nossa Matriarca, ensinou ao meu pai que o caráter de um homem deve valer mais que: Maçãs de ouro com enfeites de prata é a palavra falada em tempo oportuno (provébios 25 11) e deve ser sim, sim, não, não, pois o que falamos deve ser nossa expressão de vida diária.
Quanta sabedoria, a nossa família, ofertada por todo esse tempo, que configura em quem é meu papai querido, que eu respeito, amo e admiro, e quem sou eu, e cada um daqueles que fazem parte dessa família.
Gratidão aos meus pais (mãe in memória), pelo colo ofertado a mim, mesmo em meu descaminho da vida, vocês perpetuaram a minha existência imensurável com amor e carinho para a construção e descoberta de quem sou eu.