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MEUS PROFESSORES

MEUS PROFESSORES
OLINDA GUEDES
nov. 16 - 3 min de leitura
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Quando eu era criança vivi em um mundo muito simples. Simples e rico, porque era na roça.

Ali tudo é incrível. Os dias parecem os mesmos, contudo, todos os dias são diferentes. O clima, as flores, a temperatura, os sons dos animais, dos pássaros. Ah, sem falar nas cores. É um espetáculo. Mas, só quem tem olhos pode ver. As crianças tem olhos.

Então, minha mãe e meu pai sempre diziam: conhecimento é tudo, estudem meus filhos.    Eles que puderam frequentar a escola por tão pouco tempo, dada a natureza adversa do poder aquisitivo da família, nunca deixaram de estudar. Era rotina ver nossa mamãe lendo uma bula, a Bíblia, uma receita de bolo...  

Papai também sempre fazia seus estudos de caso junto com os técnicos da cooperativa. Bastava um problema que não se sabia ainda uma solução, um pulgão persistente, era motivo para a reunião do comitê.  Você está rindo?  Aprecio a alegria. Aliás, esse é o motivo de minha profissão: ajudar as pessoas a viverem uma vida feliz. 

Felicidade é tudo.

Vim aqui hoje contar  dos professores que tive.

Começo do começo: Sra.Maria de Lourdes Furlanetto, era tipo um tsunâmi. Ninguém sabia o porquê, lá vinha a fúria a arrancar nossa serenidade, destruir nossos sorrisos.  Era porque a gente, em meio a tal pressão e gigantismo, não podíamos errar nada. Ou seja, ela esperava que chegássemos profissionais.

Sofri muito, desenvolvi pânico social. Me curei, encontrei bons professores.

Ando procurando algum especialista em Direitos Humanos. Já ouvi dizer que crime contra infância não prescreve. Seria interessante um pedido sincero de desculpas dela para com as crianças que vivem em nós.  Ainda tenho esperanças de justiça. Não guardo mágoas. Não se preocupem.

Tive depois, professoras incríveis: Elizabeth de Paula Barbosa, Maria da Graça Santos Vieira, Leni Muller Silveira, Mariko Sakata, Edmea Pimentel do Rego Freitas etc e tantas outras pessoas incríveis, que amei de paixão. Despertaram o melhor em mim.

Eram como brisa mansa. Fazia a gente pensar, com calma e alegria. Com elas aprendi tanto a amar o que já amava. Tanto que há trinta anos sou a professora que quis ser.

Amo inspirar pessoas por meio do conhecimento e devolver as pessoas para si próprias, afinal, como diz nosso amado Edgar Morin, amizade é tudo e precisamos uns dos outros - cada um íntegro, feliz, ético para que a o todo seja maior que a soma das partes e que as partes sejam sempre o resultado da consciência do amor, da interdependência.

Por último, preciso registrar aqui minha amada Mestra Marianne Franke-Gricskch. Ela não só me apresentou uma escola que sempre sonhei ser possível, como me inspira a viver a terapia como um processo pedagógico e o  pedagógico como processo curativo.

Essa minha escrita hoje  não parece um varal de poesia?  Pois que sim.

Seus professores?   O que você escreveria sobre eles?

Um abraço feliz e florido

Olinda Guedes

 


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