- Aprendizagens do módulo quatro
Para as Constelações Sistêmicas, os sintomas são nossos aliados que nos proporcionam a oportunidade de mudar a nossa vida, a oportunidade de fazer algo diferente, mesmo que estes tragam muita dor e sofrimento para nós. É através da dor que nosso corpo informa que há algo que precisa ser visto, ouvido, incluído, compensado ou ordenado, em nossa própria vivência ou existência.
Quando os sintomas são proporcionais ao nosso contexto de vida, ou quando os sintomas são desproporcionais, é porque há algo que precisa visto, ouvido, incluído, compensado ou ordenado na história de vida dos nossos antepassados, e que nos foram passados de modo trans geracional. Sob o olhar sistêmico, a energia de tudo que ficou em aberto na vivência dos nossos antepassados não se acaba, fica disponível para os descendentes.
Quanto menor o sofrimento causado pelo sintoma, quanto mais simples o sintoma, menor a mudança exigida (resfriados, enxaquecas, por exemplo). Às vezes conseguimos até combater os sintomas ou até mesmo ignorá-los, contudo, eles sempre voltam. Continuarão se repetindo, ou da mesma forma, ou de uma forma semelhante, ou de uma forma mais grave.
Quanto maior o sofrimento causado pelo sintoma, quanto mais complexo, maior será a mudança exigida para que a pessoa experimente a cura e os milagres.
Curar é diferente de eliminar os sintomas!
O tratamento para os sintomas pode ser feito de forma alopática, ou seja, de uma forma que olha para o efeito, para a dor, para o sintoma e busca silenciá-lo a qualquer custo (antitérmicos, anti-inflamatórios, antibiótico...), tudo contra os efeitos. Ou pode ser feito de forma homeopática, olhando para a causa dos sintomas, fazendo as mudanças necessárias na vida.
A Olinda diz que toda vez que temos um sintoma precisamos fazer as 3 perguntinhas básicas, como forma de reflexão sobre nossas vidas, para ver se há algum ponto que precisamos ajustar em nossa vida:
- Estou feliz com quem eu estou vivendo?
- Estou feliz onde eu estou vivendo?
- Estou feliz com o trabalho que eu desenvolvo?
Faz todo sentido para a minha vida, principalmente quando olho para a depressão que eu enfrentei em 2008 e que ao sair do trabalho em que estava é como se a depressão tivesse desaparecido, ou sobre as crises de “dor de cabeça” que sempre tive e que evoluíram para um enxaqueca que não “passava” com mais nenhuma fórmula, as vezes apenas medicação na veia resolvia.
Hoje, com florais e alguns movimentos sistêmicos, praticamente desapareceu.
Quando não prestamos atenção aos sintomas, não os ouvimos, não fazemos as mudanças necessárias que eles pedem, podem se transformar em doenças. Algumas vezes até se transformar em “doenças incuráveis” aos olhos da medicina alopática. Doenças incuráveis significam que o corpo já não aguenta mais, já não tem mais condições físicas, orgânicas de dar uma chance para a pessoa continuar vivendo, saboreando a vida em seu corpo físico, porém mesmo assim é possível ainda, experimentar milagres.
Nada é definitivo, existe ainda a possibilidade de uma “remissão espontânea”, possibilidade de um milagre, que ocorre quando a mudança vem de dentro, a um nível profundo, saindo do piloto automático e da ignorância. Pude constatar isso ao ver meus dois filhos, de forma desproporcional ao contexto de vida deles, desenvolverem problemas com o açúcar. Após serem constelados, os dois mostraram que estão “trabalhando” para mim, olhando para as minhas “amarguras”.
Como disse o Padre Léo em uma de suas pregações sobre milagres: Grandes milagres são aqueles que a medicina não enxerga. Aqueles que a ciência não consegue mensurar. Nós precisamos viver com urgência uma alegria interior, uma força interior, uma disponibilidade interior, uma capacidade de acolher os outros, de se amar, de semear esperança, de semear alegria para que os milagres aconteçam...
"Esse sintoma está querendo o quê de mim? Faça a mudança necessária! Não faça o que você pode, ou o que você prefere. Faça o que é necessário que os milagres acontecerão na sua vida!"Olinda Guedes
“Curar” as doenças e sintomas não só “cura” a nossa vida mas também dá ao nosso Sistema de Origem a oportunidade de se “curar”, dá a oportunidade de transformar os laços do destino do nosso sistema, dá a oportunidade de libertar os nossos antepassados e libertar também os nossos filhos e descendentes. Cura é jornada, dedicação, empenho, conversão, mudança de comportamentos e hábitos. Curar é completar.
O que adoece são nossos relacionamentos, o que adoece é a nossa sede amor, de sermos amados “mesmo assim”, é nossa necessidade de pertencimento, é nossa lealdade. Porém o mesmo amor que adoece é o mesmo amor que cura. A terapia com as constelações sistêmicas nos ajuda a “olhar” para tudo isso, nos “ajuda” a sair da ignorância, nos ajuda tomar consciência de quais são as mudanças que os sintomas esperam de nós, de quais “tarefas” temos que completar para alcançarmos a cura.
No entanto, as Constelações Sistêmicas não descartam a necessidade de fazer uso dos medicamentos da medicina alopática, mas mesmo fazendo uso de fórmulas, ajudam a pessoa a resolver suas questões e não apenas silenciar os sintomas. O que a Constelação Sistêmica faz é dar suporte, conhecimento, para que o indivíduo ouça o seu corpo e o leve a sério.
Para mim, só esse módulo, somado aos dois livros de Olinda Guedes: A Verdade sobre o Sofrimento Humano e Além do Aparente já são um curso completo.
Eles ampliaram muito a minha consciência em relação as doenças, tratamentos, curas...