Há algum tempo eu venho buscando, estudando, pesquisando, procurando saber mais sobre o que estou fazendo neste mundo, qual meu propósito aqui, o por quê de tanto sofrimento. Neste processo foram muitas descobertas e tive um processo de dor, tristeza, revolta, vergonha e depressão. Foram muitas as informações.
O desejo de fazer a formação em Constelações latejava aqui dentro.
Eu precisava estar aqui. Já foram tantas descobertas.
A diferença: Tudo me chega com tanto amor!
Consegui me abrir para receber o amor. Por isso estou muito grata até aqui.
Também fiquei feliz ao ouvir a mestre Olinda falando: “Pessoas prósperas estudam”, “não é sorte”, “pesquise”, “você precisa saber como ter o que você deseja”. Sinto que nada do que passei foi em vão.
Me identifiquei muito com a situação de pessoas que “sempre quiseram casar e ter filhos, mas não conseguem”. Nos últimos anos, a chegada aos 30 anos e relacionamentos frustrados, causou em mim um sentimento de profunda frustração por não ter êxito nos relacionamentos. Eu já tinha buscado respostas para isso na Constelação e fui levada para meu relacionamento com os pais. Não entendi direito na época, mas hoje sei: “Antes da felicidade, os pais”.
Nestas últimas semanas tenho olhado muito para meu relacionamento com meus pais. Consegui uma maravilhosa cura já no primeiro módulo e sinto que o vazio dentro de mim já não é o mesmo. Algo foi preenchido e consigo ver a vida mais colorida e saborosa. Continuo achando que viver é algo bem cruel. Mas sou tão grata por ter o entendimento que tenho hoje, porque posso ter atitudes diferentes, fazer escolhas melhores, olhar para o outro com empatia. Assim as coisas ficam melhores. Consigo até brincar comigo e cuidar de mim, como se cuida de uma criança. Afinal, no meu interior há uma criança chorosa, triste, com medo.
Aos poucos também estou buscando o meu “lugar” e o “lugar certo”. Sou a caçula de duas filhas. Percebo que tanto eu quanto minha irmã ocupávamos papeis errados, sendo mãe e pai uma da outra. Como isso ocorreu? Talvez a busca por segurança e proteção diante da falta delas. Porém, não preciso mais ser mãe e pai de ninguém. Não tenho filhos, ainda. Consegui perceber o quanto minha irmã é forte e grande! Eu não suportaria situações que ela suporta. Então ouvi : “Quando estamos no lugar certo, podemos nos curar”. Que alegria! Assim busco nos espaços que convivo, ocupar o meu lugar. Já é bastante para mim dar conta disso.
Também mudou algo em mim ao ouvir que #juntosnossomos.
Meu sentimento de exclusão – ainda não sei a origem – ficou evidente. Mas não preciso mais disso. Eu pertenço a uma família maravilhosa, de pessoas fortes e corajosas, talvez não tão amáveis e carinhosas, mas que lutaram com todas suas forças pelos seus. Famílias numerosas, dificuldades financeiras. Isso não é amor? Talvez não do jeito que eu vislumbrava e esperava, mas consegui receber esse amor e me sinto em paz.
Por isso acredito que o acolhimento, com amor, é fundamental na Constelação. As pessoas sofrem tanto. Mesmo que não estejam preparadas para receber, sempre farei este acolhimento.
“Quando uma pessoa cura um sofrimento, cura várias pessoas do sistema”.
Fiquei tão feliz quando ouvi isso da professora Olinda. São tantos emaranhamentos na família. Alcoolismo, depressão, doenças e doenças. Consegui olhar para minha irmã com mais compaixão após saber que ela sofre a dor do vínculo de amor interrompido. Após o parto minha mãe adoeceu, não conseguiu cuidar dela e nem amamentá-la. “Eu vejo você minha irmã. Eu percebo você”.
Sinto meu coração tão cheio de amor após a conclusão deste módulo.