Durante muito tempo vivi em uma "cegueira" a qual me fazia acreditar e chamar de coincidência ou destino. Sofri e vivi presa a situações que acreditava que eram para me fortalecer.
Contudo, hoje percebo que a força usada era uma reluta, uma lealdade inconsciente.
Abrir mão de maior parte de minha infância,pois acreditei que precisava trabalhar desde cedo para ajudar a meus pias a suprir com as responsabilidades deles para comigo e meus irmãos, então desde pequenos aprendemos a trabalhar e cumprir compromissos e responsabilidades.
Afinal meus pais também começaram a trabalhar muito cedo.
Fui leal ao ponto de abrir mão de sonhos, projetos , estudos, pensamentos, comportamentos, postura e até amores por essa lealdade e amor aos meus pais!
Até o nome escolhido para minha primogênita foi modificado. Pois na minha mente eu precisava fazer tudo para corresponder ao amor e ao que minha mãe já havia feito por mim. Como dói, há como dói! E mesmo diante desses comportamentos ainda fui e sou vista como ovelha negra da família.
Hoje aos 35 anos estou aprendendo sobre o que é amor, minha segunda filha tem o nome que sempre quis, Ester, contudo tem Alice na frente, que não queria e o pai escolheu, por causa que a mãe dele queria.. Estou fazendo cursos nas áreas que me identifico e galgando novos horizontes.
Dano um passo de cada vez! Rumo a essa liberdade e felicidade. Incrível quanto tempo cada um leva para entender que NÃO fazendo por eles, para fazer parte deles.
É QUE FATO SE É!
Contudo somente olhando, enxergando, valorizando e honrando. E não imitando! e não seguindo os mesmos padrões!