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Módulo 2 - Lealdade Familiar, Emaranhamentos, Vínculos de Amor Interrompido e o Amor do Espírito

Módulo 2 - Lealdade Familiar, Emaranhamentos, Vínculos de Amor Interrompido e o Amor do Espírito
Lidiane Teixeira de Carvalho Frenhan
ago. 27 - 7 min de leitura
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Como dito no Módulo 02, Bert Hellinger era um observador do comportamento humano. E observando as pessoas ele notou que a vida que as pessoas levavam ou tristes, infelizes ou pobres, mesmo trabalhando tanto, ou doentes era desproporcional ao tipo de vida que a pessoa queria ou ao tipo de esforço que a pessoa fazia.

Bert concluiu que essas pessoas, na verdade estavam emaranhadas. Os emaranhamentos ocorrem por conta da lealdade familiar.

Todo sofrimento desproporcional ao contexto é um emaranhamento, é uma lealdade, é um vínculo de amor interrompido.

Lealdade

“Antes da felicidade, os pais! ” Vem da primeira lei do amor, o pertencimento.

Todos nós temos a necessidade de pertencer. Ninguém é feliz sozinho. O EU não existe. Os sistemas vibram: O NÓS.

Na lealdade, acreditamos, inconscientemente, que é melhor ser infeliz junto do que feliz sozinho. É uma tendência natural do nosso cérebro reptiliano, pensar assim.

Atuando na “boa consciência”, no amor cego, nossa mente acredita que só pertenceremos ao grupo de origem, a família de origem, se formos obedientes ao nosso sistema, ou seja, se fizermos tudo aquilo que está vivenciado dentro das memórias transgeracionais do nosso sistema como um comando, como uma lei, como uma ordem. Pelo medo de perda do pertencimento, agimos em consonância com o que é válido nossa família: falências, doenças ou tristezas. Já atuando na “má consciência”, agimos abrindo-se às novas possibilidades: “faço diferente de vocês, nem pior, nem melhor, apenas diferente. E mesmo vou continuar pertencendo.”

“Temos uma boa consciência quando sentimos que pertencemos à nossa família, e temos uma má consciência quando precisamos temer ter colocado em jogo a pertinência à nossa família.” (Bert Hellinger em A Fonte Não Precisa Perguntar o Caminho).

Emaranhamentos

Emaranhamentos são as situações experienciadas como sensações, sentimentos, situações (doenças, pobreza ou infelicidades) que não tem proporcionalidade, que não tem correspondência com o contexto de vida da pessoa.

Emaranhamentos são os vínculos que fazem a pessoa permanecer em sofrimento por conta da lealdade familiar.

“O emaranhamento consiste, principalmente, que sou arrastado para os destinos de outros que vieram antes de mim sem que saiba disso”. (Bert Hellinger em A Fonte Não Precisa Perguntar o Caminho).

Podemos observar emaranhamentos e lealdade familiar nas doenças físicas e emocionais, nos vícios, nas “amarras” financeiras, divórcios, mortes precoces, dentre tantos outros problemas que identificamos em nossa vida que são desproporcionais ao que queremos e ao que fazemos.

Para que fazer constelação sistêmica?

Ao fazer uma intervenção terapêutica, ou seja, uma constelação sistêmica, a pessoa toma consciência de quais são esses emaranhamentos, toma consciência de quais são os padrões que ela tem carregado ao longo da sua vida, e depois se liberta deles, isto é, se cura.

Se curar é sair dos emaranhamentos!

Todas as vezes que o nosso coração é tocado por algo que nos faz compreender, que nos faz entender, que faz “a ficha cair” e nos faz sentir que nos libertamos das amarras, dos emaranhamentos, a constelação acontece.

Constelar é completar.

Como diz a imagem acima (capa), com a frase de Bert Hellinger, pelo amor e lealdade nos emaranhamos, adoecemos, caminhamos para a morte. Com as constelações sistêmicas, podemos “abrir nossos olhos”, tomar consciência e através desse mesmo amor, nos curar e curar nosso sistema.

Com as constelações sistêmicas a gente se cura acolhendo o sofrimento. Tomamos consciência que nossa vida não avança não por que não queremos, mas por conta dos emaranhamentos, por conta de um amor, por conta de uma lealdade, para não deixar pra trás as pessoas que amamos, já que a lei da vida não nos deixa abandonar nem excluir ninguém.

Constelações sistêmicas libertam as pessoas dos vínculos de sofrimento e fortalecem o vínculo do pertencimento pelo amor, não pelo amor infantilizado, mas pelo amor consciente. E aí,  a prosperidade, a felicidade e a saúde se tornam possíveis na vida das pessoas.

Vínculos de amor interrompido

É amor que nos liga a nossas famílias. Através das diversas representações do amor nos ligamos as pessoas e criamos laços que dão significado para nossa vida. Pelo amor, a vida é gerada e passada adiante.

Através do amor os pais se relacionam com seus filhos, e assim por diante. Pelo amor nos ligamos a todos do nosso sistema.

"Crianças estão ligadas aos seus pais por um amor muito profundo. Elas se entregam totalmente ao que vem de seus pais e ao que é exigido por eles." (Bert Hellinger em A Fonte Não Precisa Perguntar o Caminho).

Quando ocorrem no sistema, fatos ou situações, intencionais ou não, de um abandono, uma morte, um afastamento, um desligamento, causam um sentimento de orfandade, e com isso gera dor. Essa dor, esse sofrimento, essa energia, por uma condição da natureza, virá em algum momento, de alguma forma, para ser incluída, para ser olhada, para ser transformada (na natureza nada se perde tudo se transforma). Essa energia não vai ficar escondida, abafada, para sempre.

E numa declaração de amor em relação à algum dos seus antepassados, por conta da lealdade familiar, algum descendente se encontra emaranhado, por conta desse sofrimento, por conta desse vínculo de amor interrompido. Algum descendente passa a viver muitas dores emocionais por conta das memórias transgeracionais de alguém do seu sistema, por conta das memórias de vínculo de amor interrompido em uma geração do seu sistema.

"Quando se olha para famílias pode-se ver que a maioria de suas dificuldades e doenças graves são condicionadas através do amor, a partir da tentativa secreta de salvar os outros com o amor ou a eles vincular-se." (Bert Hellinger em A Fonte Não Precisa Perguntar o Caminho).

Amor do espírito

Bert era um poeta. Bert falava da importância do amor do espírito.

Amor do espírito! O que é isso?

O amor do espírito é o amor do “eu vejo você”, do “eu entendo você”. O amor da empatia, o amor da compaixão. Não um amor romantizado, mas o amor sincero. Um amor verdadeiro. É o amor do coração. Amor do diálogo assertivo. Da comunicação não violenta.

Amor do espírito é o amor que faz você perdoar as pessoas sem julgamentos. Que leva ao entendimento. Que escuta todas as partes. Que leva a ver a justa razão.

"Só existem soluções através do amor. Quando se compreende essas dinâmica não se consegue fazer outra coisa senão trabalhar respeitando esse amor". (Bert Hellinger em A Fonte Não Precisa Perguntar o Caminho).

 

#modulo 02

#Olinda Guedes

#Formação Real em Constelações Sistêmicas

#Bert Hellinger

 

 

 


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