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NOITES ESCURAS DA ALMA

NOITES ESCURAS DA ALMA
Lidiane Teixeira de Carvalho Frenhan
jan. 6 - 4 min de leitura
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O Bem existe para todos, mas as Noites Escuras da Alma também chegam para todos. (Olinda Guedes)

Momentos difíceis. Situações difíceis. Verdadeiros tormentos para nossa vida, para a nossa alma. Noites em claro. O diagnóstico de um câncer. O diagnóstico de uma neuroespecialidade. A notícia de uma tragédia. A notícia da morte de alguém amado. O desespero generalizado ao lidar com um sintoma, ou com vários sintomas, mas sem um diagnóstico médico. Solidão. Desespero. Falta de Empatia. Pré-conceitos. Enfim. Essas e outras tantas situações que podem se traduzir apenas pelo termo Noites Escuras da Alma (NEA).

Não há como se comparar, porque o que ocorre como um estímulo para se tornar a Noite Escura da Alma para uma pessoa, não necessariamente será estímulo para se tornar uma NEA para a outra, mas nem por isso deixa de ter importância.

Não há como se vangloriar, porque ela chega para todos, para todo mundo, não se sabe quando, nem como, nem em qual intensidade, nem por quanto tempo ficará, mas ela chega para todos e independe de nossas atitudes, crenças, posição social, conhecimento, etc. Ela sempre chega.

E quando as NEA chegam é o fim? Não. É o começo. É quando, nós, ou nosso sistema, temos a oportunidade de recomeçar. Oportunidade de uma conversão, de uma mudança de comportamentos e atitudes. Oportunidade de ordenar, compensar ou incluir aquela energia de um evento traumático que ainda está à espera.

Oportunidade de nos prostrarmos, nos ajoelharmos, e nos entregarmos à Luz Divina com humildade, já que nossas arrogâncias e soberbas caem por terra quando estamos atravessando nossas NEA ou ainda de nos posicionarmos com empatia, humildade e compaixão frente as NEA de nossos familiares, pessoas queridas, na tentativa de ajudá-los a atravessar ou de nossos antepassados quando saímos de nossos egoísmo, de nosso egocentrismo e passamos a “olhar” para tudo o que eles viveram, sofreram e passaram em suas NEA.

As NEA são os momentos de crise, seja ela financeira, existencial, física, mental ou espiritual. As NEA são o nosso deserto, individual e intransferível. Nelas, muitas vezes, nossa resposta emocional a esses momentos de crise é desproporcional ao contexto e, portanto, se faz necessário recebermos a empatia, a compaixão e a benevolência das pessoas, não para nos tirar do processo, mas para nos ajudar atravessá-lo da melhor maneira, de uma maneira mais saudável, para nos ajudar a tirar a ignorância de achar que é o fim, que não tem mais jeito, ou que as nossas NEA são piores que a de qualquer outra pessoa.

          Onde entram as Constelações Sistêmicas nesse processo?

Como dito, as NEA são nossos desertos, e apesar de ser um momento solitário, pessoal e intransferível, necessitamos atravessá-lo da melhor forma para nós, e para nosso sistema, já que o que nós vivemos tem muito mais a ver com o modo de vida de nossos antepassados do que com as consequências de nossos próprios atos.

As Constelações Sistêmicas, nos ajudam nesse processo de sair da ignorância acerca dos fatos, nos empoderando para fazer o que é necessário para transitar por esses momentos com resiliência, fazendo o que é necessário para alcançar a cura e ir além.

O conhecimento sobre as NEA antes que elas cheguem, porque elas sempre chegam, é uma poderosa forma de sairmos da alienação de acreditar que tudo na vida são rosas, tudo é e sempre será belo e bonito.


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