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Mod09 CONSTELAÇÕES EM GRUPO – ATENDIMENTO ON LINE

Mod09 CONSTELAÇÕES EM GRUPO – ATENDIMENTO ON LINE
Tania Mara Rauber
mar. 5 - 7 min de leitura
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Como é bom ouvir a mestre Olinda Guedes.

As aulas on line, para mim, foram momentos de aprendizado, carinho e afeto, alguns deles marcados por lágrimas e outros por um sentimento de alívio.

Afinal, quanto sofrimento passei por não saber.

Me marcou muito quando Olinda disse em um dos encontros:

-Quem aceita o amor dos pais, ama e recebe amor.

Foi como uma virada de chave.

Nossa, como eu poderia amar e receber amor se sempre me senti uma vítima, nascida e criada por pais cheios de problemas, brigas e confusões.

Como eu conseguiria ver ou sentir amor nesse meio?

Após alguns encontros, aulas, leituras, meditações e reflexões, eu consegui.

Identificar e sentir o amor recebido de meus pais.

Não do jeito que eu imaginava, mas do jeito que eles sabiam e conseguiram me dar.

A vida também não foi fácil para eles. Mas eles deram o suficiente.

Me deram o sustento, cuidado, educação, valores que aprecio, como honestidade e respeito ao outro, estímulo para ter coragem e força, para lutar pelas minhas coisas.

Hoje vejo que isso é amor.

Quando consegui sentir isso, a chave virou literalmente.

Meu coração se encheu de alegria.

Como me sinto agora?

Perguntou Olinda em uma das aulas:

-Me sinto aquecida, tranquila, calma e segura. Sei de onde vim e agora fica mais fácil saber quem sou.

Foram muitos os aprendizados nestes encontros.

Eu nunca tinha ouvido falar em consciência de manada, corpo de dor e o conceito de que constelar é ajudar alguém encontrar solução.

Só ajudamos quando não temos julgamento.

E, mais uma vez, olhei para minha família.

Outro insight eu tive quando Olinda disse que a pessoa que grita possui memórias transgeracionais de medo, abandono, pedido de socorro.

Na minha família, isso é comum. Eu sempre falei muito alto. Meus sobrinhos gritam. Então a frase de solução me acalentou.

Estou te vendo. Te amo. O perigo já passou. Está tudo bem.

Também foi acalentador quando ouvi que nossa sociedade responsabiliza as pessoas por ter ou não ter.

Já me senti pressionada, como se estivesse presa tendo que dar respostas para o que é apontado como necessário no meio em que vivo.

Comprar, sair, ir lá ou acolá, ter amigos, viajar, estudar, fazer tal curso, saber disso, daquilo.

Isso me cansou muito. Hoje, busco me recuperar de todas estas cobranças e não deixar mais que elas me causem aflição.

Foi muito construtivo, ouvir sobre estar em sintonia com o que se deseja.

Sempre briguei com a balança e agora estou dando passos em uma reeducação alimentar e prática de atividade física.

Desejo saúde, me sentir bem com meu corpo.

Estou construindo uma relação saudável com este desejo.

E isso também me fez repensar sobre lugares que frequento, pessoas com quem me relaciono. Hábitos diários. Quanta coisa mudou.

E quando ouvi da mestra Olinda:

- A gente atrai para vida da gente o que a gente é.

A cortina de fumaça se desvaneceu. Me relacionei com pessoas loucas, doentes, agressivas.

E eu consegui me enxergar nessas características.

Nos apaixonamos pela patologia da pessoa.

Como diz o ditado: a fila anda. Mas agora também sei que, a  catraca é seletiva, como diz a mestra.

E hoje, conversando com uma amiga, perguntei: Por que me relacionar com uma pessoa que sei que não é a pessoa que desejo?

Eu já fiz muito isso. Não quero mais repetir. Sei o que desejo para mim.

Agora estou avaliando sobre três questões que me marcaram muito nestas aulas:

Você é feliz com quem você vive?

Você é feliz onde você vive?

Você é feliz com o que você trabalha?

A formação em constelações familiares tem me feito olhar para minha essência.

É como se, aos poucos, algo que está aqui dentro, está aparecendo, deixando ser visto.

Isso tem me mostrado outras possibilidades para minha vida.

E me surpreendo que são tão simples.

Acredito que, ao buscar ocupar meu lugar na família, no trabalho e nas relações sociais, está se abrindo também o caminho para ocupar meu lugar no mundo. Aquele que me fará feliz!

E nesta trajetória sigo em paz!

E ainda tive muitos outros ensinamentos sobre os atendimentos das constelações repassados por Olinda.

Posso citar alguns, como trabalhar o campo antes de iniciar a constelação; realizar meditação para iniciar, com estímulos visuais, sonoros; buscar uma aproximação com a pessoa, o cliente; ser simples, usar linguagem fácil; olhar para a pessoa, o cliente; podemos usar intervenções verbais.

Perguntar:

Qual a sua dor, seu sofrimento?

Qual sua intenção, o que você quer de bom com a constelação?

Se a pessoa chora, perguntar:

O que vem?

O que sente?

E ainda sinais que devemos ficar atentos, como se o som ou imagem não sai, sinal de segredo no sistema; mão na boca, sinal de segredo; dor no ombro,  sobrecarga.

Também foi interessante ouvir algumas explicações sistêmicas para o suicídio, que pode ser memória de orfandade no sistema, o que gera vazio; a hiperatividade como busca pelos excluídos, pelos anônimos, eles também pertencem; fibromialgia o sentimento de não ser acolhido, a raiva; e também trauma de perder a mãe na infância ou a separação no parto, que deixa a criança ou o adulto na invisibilidade.

Ouvi e anotei: Na raiz de quase 100% dos problemas de saúde estão escondidos no sistema. Bert Hellinger.

Afinal, como também ouvi e anotei: A natureza sabe tudo, as plantas nascem e vivem naturalmente. Os sistemas são assim.

O sentimento de angústia relacionado á mãe, ao passado, não saber o que fazer. Vejo tanto isso presente em minha família materna.

E tudo fica claro quando olho para a história e os casos de separação entre mães e filhas.

Ansiedade relacionada ao pai, o futuro, a pressa.

E me vejo neste emaranhado, com a sensação de pressa, às vezes sem saber para o porquê.

A depressão que ocorre em pessoas que não tiveram amor de graça dos pais.

E como me identifiquei ao ouvir sobre carência. Sempre me falaram: Você é muito carente, por isso seus relacionamentos não dão certo.

Nunca me identifiquei com carência. Mas realmente eu tinha uma necessidade de presença do outro, de controle, de ter a atenção toda para mim.

Agora está claro. Sempre tive pouco, logo, sempre tive medo.

Foi muito interessante as frases de solução ensinadas pela mestra Olinda.

Gosto muito delas nas Constelações em que participo.

Frases de empatia, de reconhecimento e dar lugar.

 Frases de transição, enxergando o problema e a solução, o propósito, a intenção.

Frases de solução  que falam o que nossa mente precisa saber.

Digo o mesmo para os movimentos da constelação. Penso que, para os atendimentos, é um grande aliado.

Concordar: todo sofrimento tem justa causa.

Agradecer: ser grato pela vida e tudo os que vieram antes fizeram até eu chegar.

Pedir: Por favor,  sinto muito.

Reparar danos: Pedir perdão, fazer o bem, se não for possível para a pessoa, pode ser para outra.

Me deixou intrigada quando ouvi que o que cura a doença dos filhos é a felicidade e saúde dos pais.

 Por que fiquei intrigada?

Por que tenho 35 anos e vejo meus pais tão doentes, afundados em uma tristeza enorme.

Porém, também ouvi que ninguém dá o que não tem e que posso retribuir aos meus pais o que eles me deram de mais sagrado: a vida, sendo próspera e feliz.


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