Desde muito cedo as brincadeiras de criança me levaram a interação e ao cuidado. “Brincar de casinha”, fazer comidinhas, conexão com as colegas, cuidar das bonecas, limpar, organizar... Em todo esse contexto de uma criança feliz que pode viver a sua infância em um ambiente seguro e apropriado, eu pude crescer e optar pela profissão de enfermeira.
A mamãe, embora professora e muito cheia de tarefas, sempre achava uma forma de nos ensinar a ter autonomia e a assumir tarefas colaborativas em família. Por isso, desde cedo, aprendi a ir ao mercado, tomar decisões, me posicionar, ter liderança e ser criativa.
Uma das coisas que me lembro é que ela nos dava a tarefa de ir ao mercado comprar um item e, sempre dizia : “Se não encontrar o que lhe pedi, por favor, o substitua, mas não volte de mãos vazias." Hoje vejo o quanto isso foi positivo na minha vida! Nem sempre recebo da vida aquilo que desejo, mas consigo lidar com situações conflituosas ressignificando–as ou mesmo transformando-as em algo melhor.
A enfermagem foi algo prazeroso em minha vida. Não só prestei cuidados à doentes, mas em tarefas de supervisão e educação continuada pude capacitar, auxiliar e valorizar pessoas que fizeram parte dessa minha trajetória de 31 anos.
Quando cumpri essa jornada, uma sensação de gratidão e missão cumprida visitou a minha alma e, ao mesmo tempo, me impulsionou a dar um passo adiante. Pude perceber o quanto por detrás de doenças físicas e sintomas havia uma mensagem oculta.
Motivada pela estrutura financeira, pois tinha uma filha estudando em faculdade privada, fui adiante em meus estudos, concluindo o mestrado. Com esse título pude começar uma nova carreira paralela, o magistério. Permaneci por 5 anos como docente do curso de enfermagem.
Foi com profunda tristeza que me deparei com a realidade da escola. Quantas dificuldades permeiam o ensino - aprendizagem - e quão grande é o abismo entre o professor e os alunos. Sentia-me impotente diante de tantos contextos sociais que eram trazidos até mim na sala de aula. Hoje sei que usei a pedagogia sistêmica sem ter conhecimento de que a fazia.
Deixei a escola antes de me aposentar como professora, mas como tudo faz parte da jornada escolhi com muita certeza a nova atividade que até hoje exerço: terapeuta sistêmica. Com reverência e respeito me despedi da enfermagem e da docência, com o compromisso de honrá-las através dos meus atendimentos e, com profunda gratidão, hoje sigo auxiliando meus clientes a curarem seus conflitos pessoais e relacionais, compreendendo seus temas além do universo consciente, adentrando o inconsciente coletivo que nos guia através do amor que não separa, não permite a dualidade e os julgamentos.
Ser uma facilitadora de Constelações Sistêmicas me permite ir além, proporcionar abertura de consciência, olhar inclusivo e positivo, além do aparente e a cura através das leis do amor de Bert Hellinger. Mas, principalmente, me permite ser a mesma criança estudiosa, com sede de saber, ensinar, curar e atuar como uma mensageira da paz.
Concluí o Curso de Terapeuta Holística pela Universidade Brasileira Internacional da Paz - UNIPAZ - e sigo cumprindo a tarefa que essa formação plantou em mim, a de apagar incêndios nas almas em aflição.
Amo a vida e as oportunidades que ela me dá! Uma delas é o estudo, porque através do conhecimento podemos mudar o nosso mundo interno e refletirmos essa mudança nos nossos relacionamentos faz toda a diferença!
Viva a vida e as oportunidades de nos tornarmos melhores a cada dia! Viva o conhecimento que ilumina mentes e almas! Viva o amor que torna acessível a cura a todos nós!
Gratidão e sorrisos largos a todos que junto comigo fazem essa linda jornada!