Conclusão módulo 3
Meu pai, um homem admirado por muitos, sempre que alguém o procurava era atendido e sempre com muita presteza, tinha paixão em ajudar. Da vida filial do meu pai sei quase nada, apenas que era o 3º filho de seis vivos, teve uma irmãzinha falecida que devia ser a 4ª. Aos 18 anos saiu de casa pra ganhar a vida, procurar trabalho e ter sua esposa e filhos.
Minha mãe sempre tinha visitas, ela era costureira e a sala de casa era cheia de cabides com roupas prontas e as clientes quando vinham trazer ou buscar sempre ficavam para um dedinho de prosa. Minha mãe adorava ler, sempre tinha um romance ao alcance das mãos. Da vida filial de mamãe sei que tinha 8 irmãos vivos e também uma faleceu pequena. Eram da roça, ela contava que ainda pequena tinha que ir a cavalo à cidade fazer compras no armazém; que corajosa.
Quanto a vida conjugal eles deviam se amar, lembro que sentavam na varanda a conversar até a noite cair e era muito bom sentar na beirinha da varanda e ouvir eles prosearem.
Diante disso, me dou conta que fui muito abençoada de pertencer a essa família. E sou muito abençoada por viver nesse tempo aqui e agora com tanto conforto e fartura e facilidades.
Minha vida de criança foi muito feliz; muitas crianças para brincar, muitos irmãos. Comida não faltou porque mamãe além de costurar, cuidava das vaquinhas que dava leite para nós e sobrava para vender. E também tinha a roça que ela plantava e colhia apenas com a ajuda dos filhos menores, pois quando cresciam o suficiente tinham que arrumar trabalho fora. Sou muito grata e admiro muito minha mãe por isso. Meu pai a ajudava muito pouco, pois era serrador e trabalhava de segunda a sábado das 6:00 às 18:00. Hoje penso, como ele pode aguentar uma jornada dessas por tantos anos?
Mas enfim, tudo foi como foi e deu tudo certo, criaram 10 filhos e eles também perderam uma filha pequenina.
O dia mais feliz para mim era o domingo, porque a mamãe deixava a gente ir para a cama dela de manhãzinha, todos quanto coubessem, grandes e pequeninos. Que saudades...
Idoni Brandalize de Almeida