O tema da sexta aula do módulo 7: “O incompreensível e as noites escuras da alma”, aborda a boa e a má culpa. É um conhecimento que Hellinger introduziu às Constelações Sistêmicas.
O que devemos entender por 'má culpa'?
Conforme explica a professora Olinda, quando vemos o sofrimento de um ente querido e descobrimos que esta pessoa carrega isto por nossa causa, por vezes nos sentimos com a consciência pesada.
De repente somos “culpados” pela aflição daquele familiar e nos tornamos aborrecidos e tristes. A isto Hellinger denomina ‘má culpa’. Nós não queremos ter esta responsabilidade, achando que esta questão não atrai resultados positivos e somente causa mais danos.
Nestes casos há a necessidade de se livrar da ‘má culpa’, tendo em vista que esta sempre é inocente e infantiliza a pessoa. Neste estado não é possível seguir adiante na vida de modo consciente e maduro.
Qual é a chave para sair da ‘má culpa’?
Trata-se de um ato muito simples. É um passo muito pequeno e humilde. Contudo, ele contém uma força imensa de libertação e requer um coração amplo. A chave é chamada de gratidão.
Por meio desta atitude o indivíduo é liberado da má culpa. Olha-se para aquele ente querido, agradecido pelo seu esforço e amor que deu de forma a possibilitar a vida seguir adiante.
A ‘boa culpa’ é aquela parte do ser que conduz a pessoa a ser grata com o outro, reconhecendo que o fardo que esta pessoa resolveu carregar (inconscientemente ou por imposição do destino) é bom pois alivia aspectos da vida do grupo. Ao contrário, outros estariam no lugar desta pessoa.
Conforme ensina a professora Olinda, a boa culpa nós torna as pessoas mais humildes e traz o discernimento necessário para ajudar a dissipar o sofrimento dos que carregam mais.