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AJUDAR SEM TOMAR PARA MIM

AJUDAR SEM TOMAR PARA MIM
Siuvana De Souza Salomão
ago. 3 - 3 min de leitura
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MÓDULO 08

Bert, no seu livro “O Amor do Espírito”, nos ensina que “O que nos conecta e possibilita reconhecermos um ao outro é uma alma que nos abrange. Nessa alma eu abranjo a pessoa e ela a mim. Nessa alma em comum nós nos reconhecemos. Essa alma é extensa, não apenas em relação ao espaço, mas também em relação ao tempo.”

Ordens da Ajuda são questões a se prestar atenção quando nos colocamos como profissionais em uma área de apoio, como a dos médicos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas, advogados, etc.

Bert nos ensina que há diferença entre a ajuda profissional e a ajuda pessoal. A ajuda como profissão é uma arte, uma habilidade de saber como. Sobretudo, precisamos saber como fazer para não nos deixarmos ser envolvidos em um relacionamento.

A primeira ordem nos fala sobre dar apenas o que se tem, e pegar para si somente o que se necessita. Dessa forma, quem ajuda e quem é ajudado é beneficiado mutuamente nesta troca equilibrada.

A segunda ordem nos ensina que submeter-se às circunstâncias é reconhecer a realidade e suas limitações. E desse lugar, reconhecendo o que é possível, ajudar. Este é um movimento discreto e humilde, onde o ajudador perde protagonismo. Porém, é um lugar de grande força.

Na terceira ordem apreendemos a nos colocar diante do cliente como um outro adulto, reconhecendo nele as possibilidades que ele têm para alterar seu destino e dificuldades, cria um campo onde ambos estão mais fortes para avançar na direção de uma solução.

Na quarta ordem somos ensinados a olhar o cliente e todo o seus sistema, pois olhar somente para o cliente dá ao ajudador uma imagem incompleta do quadro. É necessário considerar todo o sistema que está envolvido com aquele integrante que chega até nós. É importante aqui incluir, respeitosamente e com amorosidade outros membros que se relacionam com o cliente, sendo os mais importantes, os pais.

A quinta ordem nos ensina que amar e respeitar as pessoas pelo que são é lidar com a realidade do seu próprio destino. Ao ajudador, esta postura é facilitada pela falta de envolvimento afetivo com as pessoas que chegam junto ao problema do cliente. Ao assumir esta postura, o ajudador serve como ponte para uma nova forma de olhar para aquele que busca ajuda, para lidar com suas dificuldades.

As ordens do amor e as ordens da ajuda servem de pilares para que possamos viver de forma adequada. Mesmo que você não sejamos um ajudador profissional, isso acaba filtrando o contato que tem com o mundo externo. Aprendemos a ser solidário, amoroso, atencioso e companheiro na medida certa, sem exageros ou faltas.

É preciso ter em mente que, por mais que queira a felicidade de alguém, ela está entregue a outras constantes na vida. Isso significa que não temos poder pleno sobre o bem-estar do outro e nem devemos querer assumir essa responsabilidade.

A partir dessas influências externas, o indivíduo terá mais ingredientes para amadurecer e se tornar um adulto completo.

 

 

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