Nossa amada mestra Olinda sempre repete a seguinte frase: "Quem se importa, serve".
Nunca antes na minha vida uma frase teve tanto impacto. Desde muito pequena, por conta da religião, meus pais me ensinaram que é preciso ajudar o próximo, então, eu fazia, mas não via sentido naquilo. Sempre que via que alguém precisava de ajuda, até ajudava, mas era por conta do medo do castigo gerado pelo pecado.
Agora eu consinto, aceito e entendo. O módulo 8 do curso é profundamente mágico e forte e foi um grande divisor de águas para mim. Agora a frase faz parte da rotina do meu dia-a-dia porque me importo realmente com o ser humano e quero fazer tudo que estiver a meu alcance para que o outro viva bem, com felicidade, saúde e prosperidade.
Para tanto é necessário conhecer as cinco ordens de ajuda, segundo Bert Hellinger.
A primeira ordem de ajuda diz que só posso oferecer para o outro aquilo que tenho, e só posso entrega-lo se me for solicitado ajuda. Então, cada indivíduo deve pedir aquilo que realmente necessita. O constelador precisa saber o que realmente o cliente quer, para poder atuar. Se o cliente pede para mudar o outro, o constelador deve deixar claro que não será possível, pois, só pode ser trabalhado um tema que não envolva a mudança do outro, mas a sua e esta irá reverberar no outro.
Deixando claro que tudo o que me incomoda no outro pode ser meu, então preciso descobrir em mim o que causa um padrão de comportamento no outro.
A segunda ordem é que o constelador não pode considerar somente a queixa do cliente, mas sim, todo o contexto.
A terceira ordem comenta que o terapeuta deve tratar o outro como adulto, amadurecido, com uma relação de respeito de adulto para adulto.
A quarta ordem diz que quando ouvir a queixa do cliente, o terapeuta deve observar todo o sistema, a queixa dentro do sistema, tendo grande respeito pelo sistema e pela sua queixa e nunca colocar o sistema familiar do cliente como sendo errado para ele. Olhar sempre com amor e respeito. Isto é olhar o todo sem excluir.
A quinta ordem diz que o constelador só poderá ajudar alguém se der um lugar no seu coração, respeitando o destino do seu cliente, sem julgamentos.
O constelador deve estar atento ao cliente, ao todo e a tudo, pois o campo informa desde o momento do agendamento para a constelação. Muitas informações já são repassadas, basta atuar seguindo a percepção, sempre.
Na sessão, a postura corporal, a linguagem e a maneira de se expressar do cliente dão muitas dicas de como é o seu sistema familiar.
Contudo, o constelador deve agir sempre de forma amorosa, acolhedora e com muita empatia, para ouvir o que o cliente traz, e assim, conduzir a constelação de forma amorosa.
Constelação sistêmica familiar, um estilo de vida.
