No dia 29 de setembro de 2020 eu me programei para acompanhar a aula de terapia de relacionamento, como faço todas as terças-feiras, pois amo ouvir a mestra falar e também porque havia me inscrito para constelar e tinha esperança de ser constelada.
Neste dia me sentei a frente do computador e prestei atenção, a mestra iniciou falando que o primeiro grande relacionamento que devemos levar em consideração é com os pais. Quem tem um bom relacionamento com os pais, principalmente com a mãe, terá um bom relacionamento conjugal. “Amar os pais antes que seja tarde”.
Interessante, mas eu não sabia o que é o amor aos pais antes da Escola Real, então como ser feliz num relacionamento conjugal? Felizmente posso dizer que nunca é tarde, se só foi possível adquirir o conhecimento aos 46 anos de idade, é agora que vou aprender a ser feliz.
Nesta aula, entre muitas perguntas e respostas, Olinda falou sobre o se apaixonar com facilidade. Cada pessoa atrai outra pessoa com a mesma vibração, então se você se apaixona e se entrega com facilidade para alguém, irá encontrar alguém com esta mesma patologia. Sendo que este é um sintoma da pessoa que não teve o amor de graça.
Já os filhos que se sentem incríveis para seus pais na idade de 0 aos 8 anos de idade não serão carentes quando tornarem-se adultos, crescerão fortalecidos e amados porque seus pais deram o poder para que os filhos se sintam assim. Então, estes não se entregarão com facilidade para o primeiro que aparecer porque se sentirão bem com sua própria companhia e pensarão: entre o céu e a Terra o mais importante sou eu, pois primeiro preciso estar bem e em paz para poder cuidar do outro.
Precisamos estar preparados para o relacionamento, porque a paixão é algo muito perigoso para quem não está preparado, senão corre-se o risco de ocorrer à paixão pela própria patologia e não por um ser humano.
Após uma aula incrível, eis que a mestra chama uma pessoa para constelar e esta não se apresenta, então, ela chama alguém que queira constelar e eu mais que imediatamente ergui a mão e ela me chamou. Foi a maior emoção de minha vida, não consegui conter o choro por muitos motivos. Primeiro porque eu queria muito me constelar com a Olinda Guedes, segundo porque eu precisava muito constelar meu tema que foi a angústia que sentia e que temia passar para meus filhos e terceiro, porque tudo o que a Olinda falou nesta aula ressonava com tudo o que eu havia vivido nos relacionamentos.
Foi simplesmente mágico, escolhi os representantes que foram muito prontos para cumprir seus papeis e ela foi guiando, e a constelação foi acontecendo. Não me canso de rever.
Meu sistema familiar não reconhece os homens, eles não foram reconhecidos, não foram vistos, foram enfraquecidos devido a tantos sofrimentos. Devido a isto, preciso olhar para eles com compaixão. Também devo carregar minha descendência representada nas bandeiras da Ucrânia, Polônia e do Brasil, pois foram a pátria amada de meus avós.
Eu estou na curva da minha vida, preciso de um tempo, preciso voltar para casa, por isso sinto tanta dor do vazio, da tristeza, da solidão.
Quando a constelação terminou consegui sentir o nirvana, parece que tive uma oportunidade de iniciar uma nova vida, com um olhar de amor para tudo e todos que precisavam ser vistos e aceitos em meu coração. E hoje sou uma pessoa melhor, já consigo colocar em prática o significado da frase "quem se importa, serve".
Já consigo trabalhar muitos conflitos e problemas graças ao conhecimento adquirido nesta jornada com a Olinda Guedes. Sou humana, as vezes, tenho a sensação de que não vou conseguir, mas nesta hora faço algo que também aprendi agora, que é orar, sentir que estou segurando nas mãos de Deus, e confiar.
