Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica
Você procura por
  • em Publicações
  • em Grupos
  • em Usuários
VOLTAR

O Triângulo Dramático e os Jogos Psicológicos - teorias da Análise Transacional

O Triângulo Dramático e os Jogos Psicológicos - teorias da Análise Transacional
Iraci Aparecida Franceschini
mai. 2 - 18 min de leitura
010

MÓDULO ONLINE CONSTELAÇÕES DE DESTINO 16.04.2020 – Olinda Guedes

Compartilhando o registro de minhas anotações.

TEORIA DA ANÁLISE TRANSACIONAL - DITADO acerca da ferramenta chamada:

TRIÂNGULO DRAMÁTICO

Eric Berne disse que na vida todos temos uma posição a partir da qual nós interagimos.

Eric Berne disse que como forma de sobrevivência podemos optar por um destes papéis, estes três papéis são formas de sobrevivência.

O primeiro papel é o de salvador, o segundo é o de perseguidor e o terceiro, de vítima.

Estes papeis compõem o drama da vida, o triângulo dramático, é uma forma de sobrevivência.

Os relacionamentos entre as pessoas tendem a ser tóxicos porque a maioria das pessoas são movidas pelo medo de não serem amadas, pelo medo de perecerem, pelo medo de não ter o suficiente para sobreviver.

Então, uma criança aprende que é simples e verdadeiro ela pedir o que precisa, aliás ela nasce sabendo disso, a criança nasce princesa, entretanto muito rápido a criança ao pedir algo para os seus pais recebe uma carícia negativa, é por exemplo ignorada ou é advertida:

- Pare de pedir, você já pediu demais!

Outras vezes essa criança é ofendida:

- Você é guloso, é um mariquinha, é uma chorona, você só me dá trabalho...

Todas as reações parentais criam decisões de script de vida.

Se as reações forem funcionais, a pessoa terá um futuro de êxito, um futuro de sucesso, a sua natureza divina será mantida.

Entretanto, se as atitudes parentais forem disfuncionais, nós teremos adultos que viverão a partir de papéis para poder receber amor, para se sentirem vivas.

Muitas dessas pessoas, escolhem basicamente viver a partir do papel de vítima. Então elas se sujeitam a relações abusivas, elas não impõem limites nem mesmo aos filhos pequenos, elas se deixam enganar, muitas vezes não conseguem nem pedir a um colaborador o que realmente necessitam e quando lideram, confirmam essa condição, se expondo a situações em que geralmente são envolvidas em causas judiciais etc. Nada disso acontece porque a pessoa escolheu, ela está apenas paralisada no tempo, na memória traumática do amor interrompido, ela apenas está dizendo:

- Querida mamãe, ou papai ou professores, eu sou boazinha.

Mas alguém, ao viver relações parentais disfuncionais, pode optar por ser o salvador: ao invés de ser vítima de todos, vai salvar todos.

Está sempre sobrecarregado, está sempre fazendo além daquilo que pode, está sempre fazendo aquilo que o outro quer, que o outro prefere, é uma pessoa que esqueceu de si, totalmente, essa pessoa carrega a frase:

- Querida mamãe, papai eu não existo, quem eu sou não tem importância.

Aqui nós não estamos falando de altruísmo, estamos falando de anulação do ser.

Existe uma terceira condição que não é a condição nem da vítima, nem do salvador. Uma pessoa, uma criança que sofreu condutas parentais disfuncionais pode assumir naturalmente, como forma de sobrevivência, o papel de perseguidor, de justiceiro.

Ele quer fazer justiça, está sempre brigando, protestando, enchendo o saco...

Em nenhum desses papéis estamos funcionais, sempre que estamos em quaisquer desses papéis, estamos disfuncionais e jogando.

JOGOS PSICOLÓGICOS

Os jogos psicológicos é um outro conceito de Eric Berne. Nesta realidade de sobrevivência, de decisão de agradar para manter-se vivo, inconscientemente as pessoas não podem falar a verdade, não podem pedir o que elas precisam, elas se sentem em risco, porque foi assim que elas aprenderam na sua infância.

Então os jogos psicológicos fazem com que as pessoas se sintam vivas, ou “não mortas”, mas de uma forma adoecedora.

A dinâmica dos Jogos Psicológicos acontece no Triângulo Dramático.

É sempre possível um indivíduo "passear"por esse triângulo, ou seja, dependendo da situação, assume um ou outro papel: o cônjuge abusivo, (perseguidor) é o bobo da corte (vítima) no Happy hour, é explorado pelos amigos, está sempre emprestando dinheiro (salvador) para os fanfarrões.

Assim, num determinado contexto, alguém pode ser profundamente vítima e noutro contexto assumir outros papeis.

Eric Berne também dizia que é totalmente comum um indivíduo alternar nestas posições, um dos exemplos é nos relacionamentos de codependência.

O indivíduo pode, no primeiro momento sentir-se tão triste, porque o cônjuge traiu, neste momento a pessoa traída está no papel de vítima e o cônjuge traidor no papel de perseguidor, então, daí a alguns dias, semanas ou minutos, o cônjuge traidor diz:

- Olha, eu estou assim, porque veja a minha história...

E vai para o papel de vítima. Aí, o cônjuge traído que estava tão triste e, até então, no jogo, no papel de vítima, começa a sentir pena do outro e pensa:

- Coitada dessa pessoa, ela precisa de conserto, olha história de vida terrível que ela teve...

Nesse momento, o cônjuge traído sai do papel de vítima e assume o papel de salvador. E o bonitão ou bonitona, faz de conta que vai para a terapia ou nem vai... E o salvador faz de tudo para o outro nesse papel, e se sobrecarrega contando uma história para si, sobre porque o outro não está mudando e continua com os comportamentos disfuncionais...

E, depois que "colecionou vários selos" e que tem uma quantidade de moedas suficientes, chuta o balde, contrata um detetive, dá um jeito de ganhar uns safanões, faz boletim no maria-da-penha e parte para cima...

Enfim, essa pessoa agora, de salvador passa a perseguidor e o outro vai se fortalecendo como vítima, e lá do xilindró, cartas de amor...

E aí entra um advogado na causa, pago geralmente pela mãe da vítima e então o advogado vai até o cônjuge que está de saco cheio de ser explorado e diz:

- Retire a sua queixa.

Aí um dia, a polícia militar passa naquela rua e vê o casal, sentados no banco na frente de casa e eles sacodem a cabeça. Dali uns dias, eles estão passando em frente ao centro de operações e veem uma mulher chamando e então eles sacodem a cabeça e dizem:

- Já sabemos, é um jogo.

E eles lembram de um velho e sábio conselho dos avós: “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher".

Esses são os jogos que fazem com que as pessoas estejam vivas, mas não mortas, mas é melhor não se misturar, não se imiscuir, porque você pode ser capturado pela isca e de salvador, você tornar-se vítima.

Por isso nós devemos nos cuidar sempre, para perceber o quão funcionais estamos ou se ainda vivemos de forma a buscar a aprovação que nunca tivemos.

Eric Berne dizia que até os 8 anos, nós somos capturados pelos jogos de nossos sistemas, somos obrigados a assumir papéis e ele dizia que, depois dos 18 anos nós podemos não só mudar de papéis, como deixar de jogar e Eric Berne chamou isso de “autonomia”.

Ele dizia que, quão mais nos sentimos amados como somos, quão mais nos sentimos com o direito de pedir e receber ajuda, com o dever de receber e oferecer ajuda, mais autônomos e livres nós somos.

Que nós podemos curar a nossa criança interior, que a cura da nossa criança interior é o resultado da cura de todas essas memórias que os nossos pais trazem da infância deles.

Eric Berne dizia que traçamos o nosso destino até 8 anos de idade e que depois dos 18 podemos tomar a nossa liberdade e podemos redecidir o nosso destino.

Ele dizia que destino é como uma lâmpada e uma tomada, e liberdade é se você vai deixar essa lâmpada acesa ou desligada - alguns chamam essa liberdade de livre arbítrio.

Exercício:

O que eu preciso curar na minha vida?
O que me ensinaram que eu deveria ser ou deixar de ser e que eu apaguei a minha luz, que tem me deixado de ser o príncipe ou a princesa que eu deixei de ser.

Pontos a refletir para conduzir o exercício:

- Onde o amor parou?

- Onde o amor congelou?

- Onde ele está à sua espera?

Ser príncipe e princesa não significa que somos perfeitos. Somos humanos. - Olinda Guedes.

Nós vamos passando de fase, mas o tema é sempre o mesmo.

Pergunta para se responder num diário de 21 dias:

Quem eu preciso deixar de ser para receber amor?

Fazer esse exercício (um pequeno diário escrito) com muita ternura e doçura, dando voz para nossa criança interior, para nosso aspecto de intuição e sabedoria que tantas vezes foi ignorado, porque vem muito daquilo que ainda não foi ouvido, nem curado.

Do que eu precisei abrir mão para receber amor?

Eric Berne dizia que quando mais nossa criança estiver reprimida pelo nosso “pai crítico negativo” ou de “pai nutritivo negativo”, quando mais estivermos criticando, mais essa criança não tem luz para fruir, criar, ser livre.

Se fizermos um estudo antropológico acerca da infância, vamos ver que faz pouco tempo que alguns povos passaram a enxergar uma criança como uma pessoa. Criança, negros, não eram considerados como pessoas. São memórias antigas e enraizadas que trazem muito sofrimento.

Vemos nas crianças o quanto de sabedoria elas carregam, um senso de justiça, de amor, de alegria.  A intuição da criança é sempre ter alegria, querer dançar.

A nossa criança interior pode estar muito magoada com o que fizeram dela.

Talvez a criança que fomos na nossa infância, já estava em ressonância com as memórias dos arquétipos de nossos antepassados.

Pergunta:

- Mesmo oferecendo meus atendimentos de graça, meus clientes sumiram. Por quê?

Existe um padrão de ressonância no mundo, uma leitura muito precisa do campo. Por exemplo, imagine alguém que precisa de dinheiro, de ter remuneração, mas que também precisa descansar ou repousar. O nosso ser ou a natureza, sempre vai trabalhar em função de cuidar de nós. Podem observar isso, por exemplo: quando o professor está chateado, aborrecido e não quer ir pra escola e mesmo assim ele vai, começa acontecer algumas coisas com a turma dele e que o faz ter que sair e ficar em casa, acaba a energia elétrica, um grande congestionamento.

Quando um profissional tem uma disponibilidade no aparente do aparente para atender os clientes, ele precisa, além do aparente, pensar de forma concreta, porém não gerou autoridade, ou não mostrou de forma suficiente para a comunidade, que ele está pronto para oferecer e demonstrar que sabe fazer isso muito bem, produção de conteúdo.

Para além disso, tem também o seu relacionamento físico of-line, o quanto você se voluntaria para fazer conexões.

Quanto mais conexões nós temos além da nossa classe profissional, com comunidades de outras naturezas, isso gera uma possibilidade infinita de clientes para todos nós.

A gente precisa ter essa sinceridade de ver se o nosso cliente desmarcou porque eu estou muito cansada.

Vivemos o momento de muitas oportunidades, com comunidades virtuais.

Para realizar o nosso propósito precisamos de pessoas, umas das outras.

Quando você está tendo menos clientes do que você poderia ter, o que você está deixando de fazer, ou o que você poderia fazer mais?

Usar as ferramentas de mentorias, de especialistas, o mundo tem crescido muito no sentido de opções e de fraternidades.

No aparente, estamos fazendo um curso, mas além do aparente, estou ensinando vocês a terem sucesso na área da sua atuação.

Você viu uma placa bonita de um restaurante e, se estivermos passando em frente com aquele tempero, cheiro maravilhoso, nem olhamos a placa...  Isso nos faz pensar agora:

As minhas atitudes, elas estão atraindo clientela?

Protejam a identidade de seus clientes, mas também coloquem relatos de casos.

Fazer um relato semanal de um caso que você atendeu, um livro que você indicou.

O resultado bem feito é a melhor propaganda de um trabalho.

Essa é uma maneira maravilhosa de contar para o mundo o trabalho maravilhoso que você faz.

Fazer um relato sobre seus atendimentos e postar nas redes sociais.

Pergunta:

- Em um relacionamento abusivo por muito tempo e a pessoa não consegue dar um basta e expressar aquilo que sente, nem escrever, nem falar, como pode ser feito para sair disso?

Está claro que está num congelamento de uma memória.

Olinda sugere um filme para ser assistido, porque um dos propósitos dessa tarde ainda é falar sobre contos de fadas e de quanto o mundo imaginário pode melhorar o mundo factual.

Condição de subserviência, de abuso assista os três: 1) O último dos Samurais; 2) Antes de Partir e o filme 3) Chocolate - porque a arte cura a vida.

O floral para curar isso pode ser uma composição o Holly e o Chicory para curar a memória herdada dos pais; para trazer a consciência da missão e do propósito, o floral Elm e, para tratar desse medo que foi descrito, para curar memórias de repressão, o Star of Bethlehem.

Em 30 dias dias, substituir o Elm pelo Chestnut Bud. Ajustar a composição e incluir Larch, porque ele é a energia do samurai.

Respiração ao redor do fogo.

Quando estamos trabalhando sobre a coragem, resolvemos as questões de script de vida, por meio das intervenções sensoriais, esperando para ser transformado.

O perigo todo não é maior que a vida.

Quanto mais eu vivo, mais certeza eu tenho de que a nossa história vai o tempo todo nos curando e nos faz evoluir e ir além dos nossos sofrimentos.

 

Ditado da tarde

OS JOGOS PSICOLÓGICOS

Este conceito foi trazido por Eric Berne.

Um jogo psicológico nos protege de vivermos em intimidade, ele tira o perigo de perdermos um amor, o amor que nos foi apresentado durante a nossa infância.

Um jogo psicológico sempre tem um objetivo, ele também tem um preço, tem os papéis, o triângulo dramático, tem a luta e tem o desfecho.

Eric Berne escreveu um livro chamado "Os Jogos da Vida", onde apresenta diversos exemplos de jogos psicológicos. Por exemplo, Eric Berne dizia que um dos jogos dentro dos relacionamentos abusivos, é o “pega ladrão”.

O casal sabe que um erra, o outro sabe que aquele erra, entretanto eles conduzem o relacionamento de tal forma que, quando um deles diz:  - Eu tinha certeza de que você faria isso - o outro, de modo subliminar diz: - eu precisava de que você fizesse isso.

Nesse livro chamado "Os Jogos da Vida", Eric diz que os desfechos são totalmente conhecidos, os jogos trazem vantagem, fazem com que a pessoa se sinta viva: é melhor receber um chute do que ser ignorado.

Os jogos também trazem uma vantagem existencial, como um castelo construído sobre areia - mas é um castelo - a pessoa sente que ela tem razão em ver o mundo do jeito que vê.

Eric Berne dizia que existe uma vantagem interna também, de proteção de sua própria identidade, de sua capacidade de viver com prazer.

Existe também uma vantagem externa, a pessoa evita as situações sociais que ela teme, que ajuda a estruturar o tempo e também ajuda a pessoa a determinar o seu círculo de relacionamentos, quais pessoas ela admite contracenar.

Eric dizia que existe uma fórmula para que o jogo aconteça que é: isca, mais resposta, mais fraqueza, igual a resposta.

Isca + Fraqueza = Resposta - que leva uma mudança, uma confusão e que leva a um benefício final.

Fórmula: I + F —> R —> M —> C —> BF.

Isca, Fraqueza, Resposta, Mudança, Confusão, Benefício Final

Exemplo:

A mulher diz: - Estou com dor de cabeça hoje.

Então o marido diz e pensa que era exatamente o dia, o tempo que teriam uma intimidade; ele chegou mais cedo em casa, trouxe um vinho. Então ele vai responder a essa isca de algum modo. Talvez deixe o vinho de lado, ou vai ligar para algum amigo e ver se podem jogar futebol hoje.

Então a mulher fica brava e sai da criança submissa e vai para o pai crítico, fica com raiva dos amigos do marido.

Aí ele diz: - Você não estava com dor de cabeça e não queria ficar quietinha? Ela responde: - Você nunca me compreende!

E neste ponto vem o benefício final: ambos não se compreendem e fica cada um de um lado do sofá

Todo jogo faz que se sintam mal, quanto menos autonomia, menos assertividade, quanto maior a repressão, maior a necessidade de jogar.

Eric dizia então, que era necessário olharmos para os contos de fadas, quais os contos de fada preferidos por aquela pessoa, porque os contos de fada poderiam trazer o fio da meada.

Existem dois tipos de contos de fada: o clássico e o tradicional. Mas existem também os individuais.

São enredos, historinhas e personagens que a mente inconsciente trás para a criança sobreviver aos adultos, a opressão das figuras parentais disfuncionais.

Quais eram os contos de fadas que vocês gostavam muito quando eram crianças?

A gente espera demais dos nossos pais, eles são humanos, isso é uma grande opressão, precisamos fazer um exercício de perdão.

 

 


Denunciar publicação
    010

    Indicados para você


    Saber Sistêmico - Comunidade da Constelação Familiar Sistêmica

    Verifique as políticas de Privacidade e Termos de uso

    A Squid é uma empresa LWSA.
    Todos os direitos reservados.