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Na relação com os filhos

Na relação com os filhos
Alcione Andrade
fev. 24 - 3 min de leitura
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Sonho em ver um mundo melhor para meus filhos. Quem não sonha?

Eu acredito fortemente que a sociedade é reflexo da educação nos lares. Temos uma sociedade violenta? Injusta? Que não ouve? Reativa? Corrupta?

Como nos relacionamos com nossos filhos?

Parece bobagem, exagero, mas é em casa que aprendemos os principais valores e comportamentos que acharemos "normal" ver e replicar no mundo. Mas por incrível que pareça, ainda temos uma grande maioria de pais e mães que esperam ver uma mudança social sem olharem para o jeito com que se relacionam com os próprios filhos.

Reclamam de uma sociedade corrupta mas compram os filhos em troca de “bons comportamentos”.

Reclamam de uma sociedade violenta, mas não sabem agir com carinho, sendo firme e gentil ao mesmo tempo (ser amoroso não é ser permissivo). Já ouvi mãe mandando filho calar a boca numa frase cheia de palavrões no meio de uma festa de aniversário. Se essa criança cresce achando isso normal, imagina como ela agirá no mundo?

Reclamam de falta de respeito, mas não conseguem respeitar os limites, necessidades e capacidades das crianças em casa.

Pedem por mais empatia, mas essa é a habilidade que mais falta para com os filhos em todas as atividades básicas do dia a dia e desafios de cada idade.

Clamam por mais diálogo, mais olhar e cuidado para com o outro, mas não conseguem dar o EXEMPLO de ouvir os filhos antes de julgar, brigar ou punir.

Ahhh o exemplo. Por falar nele.... sinto informar (ou não) que nossos filhos, nossas crianças, só aprendem pelo exemplo (seja pro bem ou pro mal).

Queremos uma mudança social, na política, nos negócios, nas relações? Queremos empresas mais justas, líderes mais empáticos, equipes mais colaborativas? Não podemos continuar sendo grosseiros, agressivos, desrespeitosos, autoritários, indiferentes, impositivos, impacientes, egoístas, duros, distantes de nossos filhos e acharmos completamente normal... afinal não temos tempo, estamos lutando na correria desse mundo. Para quê?

Queremos mudar o mundo? Vamos começar olhando para nossas relações mais cheias de amor e que portanto deveriam ser as que mais teríamos vontade e “facilidade” em nos dedicar e começar a mudança.

Quem aceita o desafio?

Vou dizer que ele é grande. Talvez um dos maiores em se tratando de relação humana (é a única que você não pode - ou não deveria nunca - se desfazer).

É preciso olhar para si. Seus próprios comportamentos, atitudes, valores. É preciso rever ações automáticas, repensar sua forma de “educar” que muitas vezes é apenas uma repetição “melhorada” da forma com que fomos educados. Dizer "eu fui educado assim e funcionou" não cola mais. É preciso olhar para os reais "resultados" desse "funcionamento".

Vamos a fundo em nós mesmos. É dolorido. É árduo. É extremamente recompensador.

E vou contar um segredo: estaremos fazendo isso para termos filhos mais felizes e uma sociedade melhor no futuro, mas como eles aprendem pelo exemplo talvez tenhamos tudo isso antes mesmo do que imaginamos.


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