Uma pessoa querida publicou que não aguenta mais. Está a ponto de perder o controle... uma mãe de uma pequena bebê de 8 meses.
Então, uma outra se ofereceu para ir até lá e conversar com ela... outra ofereceu para falar com a família dela que ela está a ponto de fazer bobagem.
Eu, de minha parte, fiquei com vontade de enviar essa mensagem:
Sabe, minha querida...
em minha experiência nestes quatro anos como mãe eu diria :
Graças a Deus que eu tenho alguma condição financeira.
Porque se dependesse de ajuda voluntária não-remunerada eu estaria ferrada! ferradíssima...
O discurso da ajuda ou da oferta da ajuda é bastante generoso... mas na verdade o que acontece é : - Se vira! Quem pariu Matheus que balance. N
Nestas horas, os conselhos são fartos: é assim mesmo... filho dá trabalho, vai passar.. você é forte.. você é fera...
Contudo, sabe o que precisamos nestas horas? Intermináveis horas?
Precisamos é de alguém que segure nossos filhos... prepare o jantar, dê o banho... troque as fraldas... jogue futebol com eles, leve-os ao cinema... nos dê um pequeno intervalo....
Duas ou três horas é um luxo! para que possamos cortar as unhas, escovar os dentes... fazer uma refeição... sem engolir às pressas. É isto o que precisamos: ajuda efetiva!
Nós sabemos que vai passar. Mas a oportunidade de você estender a mão e mostrar que de verdade tem empatia e coerência você pode estar desperdiçando.
A vida não se faz de teoria.
Graças a Deus que eu tenho já cinquenta anos e sou mãe-avó. Eu também agradeço muito por isso. Já fui criticada até por profissionais que são remunerados (generosamente remunerados) porque eu não sabia o que fazer quando a Nina engasgava. Eu sei o que as mães passam.
Mães são seres humanos normais. Mães precisam de ajuda, de apoio. Bebês humanos são muito frágeis e dependentes... Filhos são filhos a vida inteira. Como diz nosso lindo Sebastião Rocha: é preciso toda uma vila para criar uma pessoa.
Mas, onde esta a vila?
Enquanto as crianças dormem tranquilas ... eu fico a pensar horas e horas... noite adentro: Onde está a vila? Onde está a humanidade?
Claro que sou grata a cada um que me ajudou e ajuda. Estou com os nomes no meu coração, em minhas preces e amor. Posso enumerá-los. Sobram dedos. Essa é a realidade!
Entendo completamente quando as mães perdem o juízo, a saúde mental. Entendo sim.
OLINDA GUEDES é mãe da Nina e Camila Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras. É mãe de mais outros cinco príncipes na terra, e quatro anjos no céu.
Já teve vários anjos pelo caminho.
Escreve sobre o que mais ama: a vida. #vivarealmente.
Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis, a Escola Real. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.
https://www.facebook.com/olindaguedesfanpage/
https://www.youtube.com/c/OlindaGuedes
https://www.instagram.com/olindaguedes/