Muitas vezes pensamos que a história mais bonita e imperdível é aquela da novela das oito ou das seis.
Permanecemos indiferentes à nossa própria história. Perdemos assim a força que vem de nossa família. A história, por exemplo, dos europeus que, de repente, largaram tudo para trás, para fugir, porque tinha guerra, fome, ameaça. Eles vieram, tiveram coragem de entrar num navio, de vir para a floresta, para começar do zero, do nada.
Imagine os efeitos na vida de uma criança quando percebe a fé, a esperança, a coragem, a determinação e a perseverança de seus antepassados. E então violamos a ordem da importância das histórias: o principal lugar da casa deixa de ser das pessoas. Desenvolvemos uma condição de medo uns dos outros quando colocamos a televisão, o computador em primeiro lugar em nossa vida.
Proseando recuperamos a paz, conversando a gente sempre se entende!
Quando nas famílias, as histórias são recuperadas; são contadas, quando tudo é reconhecido e ganha um bom lugar no coração, essa sensação passa a existir: ``Sim, eu percebo você! Eu vejo, eu compreendo, eu honro você!"
Podemos ajudar a recuperar o amor para que o aprendizado possa acontecer. Lembrando que o homem está no menino, mas ele ainda não sabe e o menino continua no homem, mas infelizmente este último se esquece disso. Quantas vezes chega até nós uma criança que nunca escutou um acalanto. Enquanto ensinamos o que precisa ser aprendido, entre um conteúdo e outro, podemos ter atitudes curativas, inclusivas e pacificadoras.
Um acalanto é um tipo de música, de canção que tem uma melodia e uma letra.
Você sabe o nome dos seus avós, os pais de seus pais? E dos avós de seus pais? E dos pais de seus bisavós? E a profissão, o trabalho deles?
Algumas perguntas têm o poder de nos lembrar quão imenso é o circulo de amor, o quão pertencentes somos, tudo o que foi necessário para que a vida chegasse até nós.
Eu vejo você!
Trecho do livro:
O que traz quem levamos para a Escola?
Autoria: Olinda Guedes