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Não se perca de vista

Não se perca de vista
Clesley Maria Tavares do Nascimento
mai. 12 - 3 min de leitura
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Clesley Maria Tavares

Mário Sérgio Cortella tem uma frase que diz: “nos distraímos no cotidiano”.

Observando o cotidiano de uma mulher, quase sempre sobrecarregada de funções, me pergunto se neste caso, não é ainda mais fácil nos distrairmos de nós mesmas?

Vamos refletir sobre algumas situações socialmente impostas ao feminino e incorporadas por nós, que nos levam a isso. Veja se você se identifica com alguma ou algumas delas:

  • Priorizar as necessidades dos filhos e filhas em detrimento às nossas, mesmo estes (as) não sendo mais crianças;
  • Pais que precisam de cuidados, e acreditamos piamente que só nós sabemos cuidar da maneira certa, não pedindo e/ou aceitando ajuda de outras pessoas;
  • As vezes que consideramos que nosso (a) companheiro (a) não tem nossa sabedoria, nossa força, nossa estrutura psicoemocional e por aí em diante, e saímos “resolvendo tudo” da vida dele (a);
  • Quando nos sentimos responsáveis pelo bem estar dos irmãos e irmãs, por acharmos que nos foram confiados por nossos pais quando os mesmos não puderam mais cuidar deles, seja por motivo de morte ou doença;
  • Quando acumulamos trabalho para ajudarmos aqueles colegas de profissão que “não tem vida fora daquele ambiente”, “só vivem para trabalhar”, e por solidariedade ou para sermos aceitas acabamos entrando no ritmo deles, mesmo não sendo o nosso;
  • Quando ao invés de nos dedicarmos a resolver nossas questões pessoais, despendemos energia, para resolvermos problemas de amigas (os) que não fazem esforço algum para sair da situação indesejada que se encontram,  e muitas vezes assumem o papel de vítimas e eternas injustiçadas (os);
  • Cuidar daquele (a) ex-companheiro(a) doente (por medo do que as pessoas vão dizer caso você não cuide), embora durante o casamento ele(a) tenha nos desrespeitado de diversas maneiras.

E por aí vai... à medida que nos entrelaçamos em problemas alheios, que na maioria das vezes (se não todas) não podemos resolver, pois não temos esse poder, VAMOS NOS PERDENDO DE VISTA, ao ponto de nos enxergarmos apenas como mera silhueta de nossa essência divina.

Se não quisermos chegar a esse ponto, precisamos desenvolver a humildade em nós, aceitar nossa limitação e sairmos da soberba de nos acharmos maior ou melhor do que aqueles (as) que nos propomos a ajudar, pois lá no fundo sabemos que mal damos conta da nossa vida, carências, insegurança, etc...

Quantas vezes por medo de encararmos nossas vulnerabilidades, optamos por sanar os problemas alheios, no intuito de nos sentirmos fortes, amadas, ao invés de nos acolhermos e aceitarmos como somos? Sejamos verdadeiras, será que essas atitudes não estão na raiz de nossas frustrações e nas culpas atribuídas aqueles (as) que ajudamos por não termos tido coragem de estar vivendo a vida que queríamos?

Não nos perdermos de vista, não que dizer que não sejamos solidárias e empáticas, mas sim SINCERAS conosco e LEAIS com a vida. Esta é a missão que nos foi confiada e que devemos honrar. Isso demanda coragem para olharmos para dentro de nós e ao mesmo tempo desfocar o olhar das expectativas sociais e familiares que tendem a nos enfraquecer e desempoderar.

 

Namastê ...

 

Clesley Maria Tavares. Professora, guardiã do círculo de mulheres Solar Beija-flor, Educadora holística e rezadeira.

 


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