Dentro do meu eterno processo de amadurecer, aprendi mais uma. "Não sou obrigada"!!! Mas, vou explicar direitinho o que quero dizer com isso.
Eu sempre fui uma pessoa muito disponível (tenho 5 planetas em Virgem, o signo do SERVIR). Agora, o doido/doído é que nem eu sabia disso. Fui aos poucos descobrindo que precisava, carecia, necessitava estar disponível.
Aparentemente, isso é super nobre, "né" mesmo? Que nada, era puro egocentrismo. Só que ao invés de me beneficiar com isso, eu só me lascava. E que fique claro, não estou cobrando nada de ninguém. Era uma necessidade tão grande de fazer parte, de ser olhada, de ser aceita que acabava por largar a minha própria vida, para servir à vida alheia.
E não para por aí. Descobri que as outras pessoas também não são obrigadas a aceitar minha ajuda. Louco isso, né? Pois é!!!
Bom, é o seguinte. Eu, na verdade, nunca soube ao certo aquilo que me satisfazia, quais eram minhas reais necessidades e se vocês se recordam, já falei sobre isso no texto Espelho: Inimigo Meu? Na verdade, espelhamos nossas reais emoções inconscientes nos outros e das mais diversas formas. O fato é que eu me anulava, sem perceber, e queria a todo custo ser de benefício aos outros (apesar deles, inclusive. Hehe).
O que estava tentando fazer? Eu estava buscando a atenção, o reconhecimento, a valorização que tanto precisava, porque eu transferia meu próprio valor para os outros, uma vez que nunca me senti reconhecida e não tinha referências sobre isso. E mais uma vez deixo claro, não estou desprezando aqueles que me reconheceram, eu simplesmente não conseguia ver.
Mas, eu entendi que não somos obrigados a servir nossos semelhantes o tempo todo e muito menos à custa de nosso próprio prejuízo. Às vezes, quando olhamos nossos próximos se debatendo em problemas, é natural que queiramos ajudar. Mas, o velho ditado: "- Só se ajuda a quem quer ser ajudado" é muito pertinente, mesmo que pareça o contrário. E eu aprendi sobre isso, lendo o livro "O Monge e o Executivo" (leitura que vale a pena), que dá um conselho fantástico: "Quando quiser ajudar, pergunte o que a pessoa precisa". E eu acrescentaria, pergunte se ela precisa ou se ela quer. Às vezes, o que temos a oferecer não é o que outro deseja ou necessita. Mas, em geral, vai refletir aquilo que nós precisamos.
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