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NÃO SOU OBRIGADA(O), ESCOLHO AJUDAR

NÃO SOU OBRIGADA(O), ESCOLHO AJUDAR
Simone Belkis
mai. 4 - 3 min de leitura
010

Tem uma frase/gíria que já faz (ou fez) sucesso a um tempo, que diz:

" - Não sou obrigada(o)!!".

Embora não a tenha incorporado a meu vocabulário, achei divertida nos contextos em que foi colocada. Mas, isso me fez pensar em uma outra questão que também tenho ouvido bastante ultimamente, que é a não necessidade de se sentir obrigado ou disponível.

Isso pode parecer um pouco antipático, mas confesso que já vivi um dilema terrível por causa disso. Como boa virginiana que sou, tenho o talento para o servir, ser útil, querer ajudar, mas se isso não for bem dosado, pode virar uma obrigação infernal.

Eu sempre estava disponível, deixava de fazer as minhas próprias coisas para fazer para os outros. Mas, engraçado, sempre explodia ao perceber os abusos. Levei um certo tempo para compreender que "quando mais se faz, mais se tem que fazer".

Mas, como não ajudar, como não ser solícita? Como deixar de suprir minhas carências se não fosse aceita e recebesse agradecimentos? Pois é, tive que assumir que era puro interesse (ainda que inconsciente). Eu queria sinceramente ajudar e ser útil, mas não pude deixar de perceber que também precisava do reconhecimento, que aliás, quase nunca vinha.

Os tempos mudaram, e com os primeiros ventos de transição da Era de Peixes (o sacríficio) para a de Aquário (o compartilhar), o paradigma se transformou. Vamos compreendendo, com o passar do tempo, que só podemos ajudar àqueles que aceitam, precisam e que, realmente, não somos obrigados a ser servis e abusados.

Isso não significa não precisar mais ajudar, significa fazer porque realmente sentimos que podemos fazê-lo no momento que seja adequado e que não precisemos desvestir um santo para vestir outro, afinal, tirar de si mesmo para dar ao outro, e ficar sem, já não é algo muito coerente (nunca foi).

Mas, para não parecer egoísta, quero deixar claro que apenas falo sobre o bem dosar da ajuda, e creio que você poderá concordar, não para me agradar ou para que me sinta reconhecida, mas porque talvez isso lhe faça sentido.

Quando revemos o conceito do ajudar, chegamos à conclusão que é preciso alguns cuidados e atenções. Devemos colocar nossas necessidades (e não desejos) em primeiro lugar, porque somos merecedores, também devemos observar se o que temos a oferecer como ajuda é o que o outro realmente precisa (às vezes, isso vira só intromissão). Ainda devemos perceber se não estamos fazendo aquilo que o outro mesmo poderia ou deveria fazer (isso pode deseducar) e o mais importante, devemos ter noção de que aquilo que pode ser ótimo para nós, pode não ser para o outro.

Enfim, não somos obrigados a nada, podemos escolher ser e fazer o que quisermos e na hora que assim quisermos. Legal, né?

Mas, tem um detalhe nada pequeno, para se chegar a esse nível de compreensão é preciso primeiro entender que não ter obrigações não nos isenta do dever de ser uno com o TODO. Não é preciso deixar de ajudar, é preciso aprender a fazê-lo com consciência.


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