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NECESSIDADE, DESEJO, NECESSIDADE, VONTADE*

NECESSIDADE, DESEJO, NECESSIDADE, VONTADE*
Simone Belkis
abr. 28 - 4 min de leitura
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Nos estudos a que me dedico, aprendi que convivemos com os arquétipos como símbolos de necessidades que precisamos atender. Os estudos esotéricos entendem que seus elementos (como números ou signos, por exemplo) representam características que, ao adotarmos de acordo com o contexto, atenderão de forma muito mais eficiente as necessidades que possuímos, desde que as mesmas sejam naturais e concretas.

Infelizmente, está na moda criar necessidades para impulsionar a economia, e nesse caso, criamos o típico buraco sem fundo ou necessidades não preenchíveis. Que costumam tomar a forma de suicídios, famílias destruídas, falências e outros bichos.

Mas, como nem sempre estamos conscientes das nossas necessidades reais, terminamos por preenchê-las com elementos que nos afetam com seus efeitos colaterais. Antes, é preciso compreender que nada há de errado em atender necessidades, sejam de qual natureza forem, mas que existem formas mais adequadas e sustentáveis de fazê-lo.

É certo que nosso mundo atropelado da 3D já se perdeu em anos-luz no entendimento do que seja uma necessidade natural. Mas, também é certo que o conhecer a si mesmo é o melhor antídoto para esse veneno.

Vamos a um exemplo prático, como substâncias que criam efeitos prazerosos, cigarro, chocolate, carboidratos ou drogas. Seriam excelentes modos de atender  necessidades se não possuíssem seus famosos efeitos colaterais. Essas mesmas necessidades podem ser preenchidas com outras ferramentas, mais saudáveis e menos perigosas.

De qualquer forma, é preciso entender o que são necessidades reais e como cada um de nós possui sua própria forma de atendê-las. Primeiro, podemos definir o que estou chamando de necessidade real. Ou seja, o básico: "As Necessidades Humanas Básicas são necessidades comuns a qualquer ser humano, portanto, são universais.  O que varia de um indivíduo para outro é a sua manifestação e a adequada maneira de satisfazê-las ou atendê-las".

Essa definição vem da teoria de Maslow, que defende a satisfação mínima em cada degrau de sua pirâmide antes de poder subir a um próximo degrau (ver teoria de Maslow!!)

É muito simples atendê-las quando conhecemos a nós mesmos, o difícil está em saber quem realmente somos. É um desafio real e concreto, mas absolutamente indispensável para qualquer um que tenha a pretensão de ser si mesmo.

Mas, não podemos confundir necessidade com desejo, ter um alimento saudável e nutritivo é uma necessidade, mas querer matar a fome com caviar ou lagosta é desejo. Ter um carro para sua locomoção em uma metrópole é uma necessidade, ter uma Ferrari é um desejo.

Também nada há de errado em atender desejos, desde que saibamos que o desejo é algo que queremos pelo prazer e a necessidade é algo indispensável. Aquele que necessita de um "diamante" para viver, já perdeu a noção do que é atender necessidades e o verdadeiro sentido do que é o prazer.

Que, aliás, também é uma necessidade.

Precisamos voltar ao natural, sem extremismos é claro, mas voltar a buscar entender e atender nossas necessidades, primeiro, fisiológicas, em seguida, as de amor e pertencimento, depois as de autoestima, e por último, mas não menos importante, a necessidade de auto-realização. Lembrando que o ideal é estarmos sempre nos relacionando com todos os degraus ao mesmo tempo e de acordo com nosso contexto.

Observando a teoria já citada (e recomendada para quem não a conhece, mas gostaria de), percebemos o quando nossas vidas seguiriam fluídas se tivéssemos esse discernimento e noção.

Eu estou comentando sobre isso, porque percebo o quando já nos perdemos, buscando formas, além de ineficientes, perigosas, toscas e, até, burras (desculpe a franqueza) de satisfazer necessidades simples, mas cruciais.

Mas, como sempre reafirmo, isso não é uma crítica.

A expressão "burra" foi só para reforçar a seriedade da situação em que nos encontramos hoje, em um mundo que por não saber atender suas necessidades mais básicas, inventa formas inalcançáveis de viver a vida.

Triste!

*"Comida", música dos Titãs


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