Queridos antepassados, gratidão!
Tenho tanto para dizer a vocês...
Hoje consigo enxergar e ver com os olhos do coração o quanto foram e ainda são importantes para mim.
Tanta história de sobrevivência, tanto amor que foi abdicado e até mesmo vivido da maneira que poderia ser.
Sinto, mesmo ser ter a lembrança da face de cada um de vocês, o quanto vocês estão em minhas células.
Dores e força! Força para vencer cada dia e dores que não são explicáveis, mas sentidas.
Olho para as minhas antepassadas, quantas de vocês serviram?
Olho para os meus antepassados, quantos de vocês engoliram o choro?
Vovô, te vejo criança e sei que tentou ser o melhor dos filhos com tudo que a vida lhe deu.
Sendo pai, ofereceu o que podia e está tudo certo, não é? Me deu a vida através da sua, então, me deu tudo!
Vovó, te vejo moça, sobrevivendo aos olhares, cheia de medos e rezando baixinho para que a vida lhe trouxesse amor maior. Casou ou “te casaram” e assim amou com tudo o que tinha ou lhe restava.
Você é meu exemplo de maternidade e resiliência. Ouvir as suas mais dolorosas histórias e muitas vezes cheias de lacunas me fez enxergar que só queria ser vista. Eu te vejo vovó amada.
Te vejo, te admiro e te amo muito. Me perdoe por questionar as ausências aqui dentro e engolir cada uma delas. Eu vejo você vovó.
E a todos meus antepassados, que trouxeram minha família base, gratidão por tudo que fizeram e foram, eu sinto a força que minha família tem porque todos vocês tiveram forças maiores.
Sou o que sou porque todos vocês fazem parte de mim.
Gratidão!
Hoje eu vejo, hoje eu me vejo.