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Nossas histórias contam sobre nós

Nossas histórias contam sobre nós
Denize Terezinha Teis
set. 3 - 2 min de leitura
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Há alguns dias, a professora de Gabriela (nossa filha), solicitou a realização de uma produção de texto que deveria conter três palavras previamente dadas: dragão, estrelas e fogueira. O resultado dessa produção, intitulada “O dragão e a estrela”, apresento na imagem que ilustra a abertura deste post e transcrevo a seguir: “O dragão queria ir até a lua ver as estrelas. Quando estava com medo queria descer não sabia o caminho de volta para casa e acendeu uma fogueira”.

Ao contrário de minhas expectativas, Gabriela criou um texto sem precisar de minhas sugestões e a mim coube, apenas, auxiliá-la na escrita ortográfica de algumas palavras mais complexas, tais como a escrita da palavra “descer” escrita com “sc”, por exemplo. O que me chamou a atenção nessa produção não foi a facilidade com a qual foi construída, mas sim o produto dessa construção, ou seja, o conteúdo propriamente dito.

Quando li o texto, identifiquei as semelhanças entre Gabriela e o personagem “dragão”. Gabi, assim como o dragão, é encantada pela lua e pelas estrelas. Gabi, assim como o dragão, tem medo do escuro. Todas as noites, ao dormir, acendemos a luz do banheiro que fica do lado do quarto dela. Assim ela se sente segura para dormir. O dragão, para encontrar o “caminho de volta para casa”, acendeu uma fogueira. Tanto a luz que Gabriela gosta de ver acesa, ao dormir, quanto a fogueira que o dragão acendeu simbolizam a presença da mamãe, o recinto do conforto, da segurança, do amor... Assim, o textinho produzido por Gabriela, contou em forma de ficção, um pouquinho de sua própria história.

Isso me faz refletir sobre como as histórias que criamos e também as que reprisamos no decorrer de nossa vida revelam sobre nós, sobre nossos medos, nossos desejos, nossas alegrias, nossas tristezas, nossos emaranhamentos e também sobre o nosso amor cego...

Como mãe e como professora vejo, nas histórias criadas pelos nossos filhos e alunos, recursos e oportunidades que nos fornecem pistas para o desenvolvimento de uma postura sistêmica. Ou seja, podemos, a partir desse conhecimento e do conhecimento da pedagogia sistêmica, estabelecer interações concebidas pelo exercício das leis do amor, conforme nos deu a conhecer Bert Hellinger.

Denize Teis


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