Ser feliz dá trabalho, requer esforço e coragem para olhar em volta e sobretudo, dentro. Mas tudo indica que não existe outro caminho, transformações são necessárias, muitas transformações.
E como enfatiza Olinda Guedes, uma especialista em “ter sorte”: é necessário foco, trabalhar de maneira estratégica, buscar o conhecimento necessário, sendo correto e decidido. Somente assim podemos trilhar mais seguramente na direção do “acaso” de realizar nossos sonhos e objetivos.
Que bom que temos pessoas que dedicaram seu tempo precioso para encontrar maneiras que podem nos auxiliar nesse trabalho de buscar ser feliz. Isso facilita bastante nossa tarefa. Gratidão!
Ter conhecimento sobre a área científica da epigenética é um desses atalhos que podem nos ajudar na tarefa de obtermos sorte na vida. O artigo intitulado “O que é Epigenética? E qual a relação dela com o desenvolvimento infantil?” divulgado pelo Center on the Developing Child da Universidade de Harvard em 2020 mostra de forma bastante clara, e científica, como as influências ambientais afetam a expressão dos genes, refutando a ideia de que os genes são “imutáveis” e confirmando a hipótese de que experiências positivas e negativas afetam de forma temporária ou permanente a expressão de nossos genes.
Quando analisamos cuidadosamente nossa própria história podemos refletir sobre o que teria influenciado nossos genes. Quantas marcas fortes foram deixadas em nosso código genético das influências que recebemos desde antes de nosso nascimento, quando estávamos na barriga de nossa mãezinha, até nos desenvolvermos quando crianças. Influências de tudo que nossos pais e irmãos receberam, que por sua vez dependiam das influencias recebidas por nossos avós, e assim por diante, num processo sem fim em nossa genealogia.
E não para por aí. Além da carga genética, carregamos em nossa jornada pela vida memórias transgeracionais, que hoje entendo como pacotinhos de energia que acompanham nosso sistema, e ainda a lealdade aos padrões de nossa família. Tudo por amor e necessidade de pertencimento.
Mudar o que nos faz mal não poderia mesmo ser algo tão simples...
Posso perceber agora que inconscientemente repito muitos padrões de minha família de origem. Tenho registrado em minhas memórias transgeracionais a orfandade que minha avó, minha mãe e meu pai viveram, a responsabilidade que minha mãe e avós carregaram pela força das circunstâncias, além do medo de não conseguir cuidar, adotado por minha mãe, e o que tudo indica, agora por mim. Até então, não havia me dado conta de que venho, desde pequena, repetindo padrões, como um comando automático dado por minha mente inconsciente, buscando sempre pertencer.
Não é à toa que a sobrecarga pese. Nem é à toa que eu busque, mesmo que mudando a ordem, assumir, sozinha, a responsabilidade pela casa, pela família, pela saúde de todos. E mesmo que eu sinta o peso desse fardo eu sempre busco assumi-lo. Obviamente para ser aceita pelo meu sistema, ser leal a ele.
Tudo faz muito sentido.
O curioso é que parece que atraímos mais situações que requerem de nós a resposta com um determinado padrão.
Eu sinto muito por tudo que passaram mamãezinha e papaizinho. Eu sinto muito por vocês meus avós, sinto pelo senhor meu tio. Me perdoem por não querer continuar sendo leal a esse sistema de dor e sofrimento. Isso é importante para nossa família. É fundamental para que nosso sistema se cure e possa seguir adiante, como é o desejo de Deus.
Prometo levar adiante tudo de bom que nosso sistema carrega.
São tantas coisas boas... algumas delas são a força e determinação dessas mulheres guerreias e talentosas, firmes e corajosas diante dos obstáculos, mas de sensibilidade sem igual demonstrada na arte, no cultivo das plantas, no preparar da alimentação para receber a família.
Sei que faltou amor, carinho, compreensão... E seguirei me empenhando, de coração, para suprir nosso sistema com todas essas preciosidades, também por vocês!
É, as pecinhas se encaixam no coração.
Acho que estou constelando.
Gratidão meu Deus! Que os passos seguintes em busca da "sorte" sejam dados, que as mudanças necessárias sejam feitas! Que toda situação que não condiz com o contexto possa ter a energia dissolvida, transformada em amor. Que eu consiga, pelo amor, assumir meu real papel e lugar nesse sistema. Que eu pertença a ele me colocando como uma descendente por onde possa fluir a energia da vida, a perfeição de Deus.
I Coríntios 13:1-13
1 Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, sou um gongo que ressoa ou um címbalo que retine. 2 E se eu tiver o dom de profecia e entender todos os segredos sagrados e todo o conhecimento, e se eu tiver toda a fé, a ponto de mover montanhas, mas não tiver amor, nada sou. 3 E se eu der todos os meus bens para alimentar outros, e se eu entregar o meu corpo para me gabar, mas não tiver amor, de nada me adianta.4 O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento. Não se gaba, não é orgulhoso, 5 não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não se irrita com facilidade. Não leva em conta o dano. 6 Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. 7 Suporta todas as coisas, acredita em todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas. 8 O amor nunca acaba. Mas, quer haja dom de profecia, será eliminado; quer haja dom de línguas, cessará; quer haja dom de conhecimento, será eliminado. 9 Pois temos conhecimento parcial e profetizamos parcialmente, 10 mas, quando vier o que é completo, será eliminado o que é parcial. 11 Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança; mas, agora que me tornei homem, eliminei as características de criança. 12 Pois atualmente vemos contornos indefinidos por meio de um espelho de metal, mas então será face a face. Atualmente eu conheço em parte, mas então conhecerei de modo exato, assim como eu sou conhecido de modo exato. 13 Agora, porém, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança, o amor; mas a maior delas é o amor.
