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O cérebro e o toque

O cérebro e o toque
Edna Telles
nov. 28 - 4 min de leitura
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O tato é um dos principais modos pelos quais os seres humanos interagem com o mundo. Nós temos uma necessidade instintiva de tocar e sermos tocados. É uma poderosa forma de comunicação entre nós, e muito mais que isso: ele influi no desenvolvimento e expansão do cérebro mesmo depois de atingida a plena idade adulta.

No bebê, é o primeiro dos cinco sentidos a desenvolver-se. A pesquisa pediátrica Touch Research Insititute (TRI), na Flórida, mostrou que os bebês iniciam ainda no útero o desenvolvimento do sentido do tato. Isso se explica porque eles tendem a responder tão rapidamente a que os tomem nos braços ao nascer. Uma significativa porção das primeiras semanas de vida de um bebê está relacionada ao tato. O reflexo de abocanhar (o mais primitivo entre os sinais táteis) ocorre quando o bebê volta a cabeça para a mão da mãe quando ela lhe toca o rosto. Isso ajuda o recém nascido a localizar e abocanhar o mamilo da mãe quando está sendo amamentado. Além disso, podemos citar outros exemplos: se tocarmos a mão de um bebê, ele agarrará com firmeza o nosso dedo; se fizermos cócegas na planta do pé, ele encurvará dos dedos.

Outros estudos mostraram que o tato pode acelerar seu crescimento e desenvolvimento. Tiffany Field, também da TRI, mostrou que bebês humanos prematuros, que eram massageados por 15 minutos, três vezes ao dia, durante dez dias, ganharam 47% mais peso do que outros prematuros a quem era administrada a mesma dieta mas sem massagens. Uma razão porque as massagens ajudavam era que estimulavam o nervo vago, o qual inicia a liberação de hormônios promotores da absorção do alimento. Episódio de apneia (uma breve cessação da respiração comum em bebês prematuros) também foram consideravelmente reduzidos em bebês acariciados. Também haviam benefícios econômicos: os bebês massageados estavam aptos a receber alta no hospital uma semana antes dos outros prematuros, reduzindo drasticamente os custos de hospitalização.

Outros episódios comprovam a importância das carícias no desenvolvimento do sistema nervoso. Mary Carlson, da Escola Média de Harvard, em 1990 visitou os superlotados orfanatos da Romênia e encontrou nos berços centenas de bebês enfaixados que nunca tinham sido tocados nem mesmo durante a hora da mamadeira (que eram simplesmente escoradas contra os berços). Alguns dos bebês tinham vivido nessas condições por 2 anos. O estudo dessa pesquisadora comprovou que estes bebês estavam enfezados e tolhidos em seu desenvolvimento: agiam como se tivessem metade da sua idade e tinha níveis anormais de cortisol comparados com bebês que tinham sido criados em lares vizinhos.

Mas é claro que essa questão do tato varia muito de país para país, e de cultura para cultura. Mas ainda sim, alguns estudos comprovaram que as sociedades em que os países mostraram mais afeição física em relação a seus filhos pequenos tendem a apresentar taxas significativamente menores de violência adulta.

Depois de ter lido este texto, fico me perguntando então se a solução para termos uma sociedade mais pacífica seria o carinho. O que acham? Afinal de contas, quem é que não abre um sorrisinho quando é acariciado?

Um abraço bem forte e carinhoso!

Texto adaptado do livro: “O Cérebro- Um Guia Para O Usuário” de John Ratey.

Edna Telles
☎️ 41 99281-1634
- Terapeuta Sistêmica.
- Especialista em Massagem Reparentalizadora Sistêmica.
- Renascedora.
- Artesã.


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