Eu ouvi essa frase e me identifiquei com ela. É certo que falar é mais fácil que fazer, inclusive quando se trata dos padrões a que estamos eternamente acostumados. Quem nunca atirou primeiro e perguntou depois?
Eu observo as pessoas ao meu redor e fico procurando compreender como funcionam, esse é um hábito do qual não me livro (hehe) e, como uma virginiana nata, não deixo de analisar, muitas vezes, de forma extremamente crítica. Mas, tenho aprendido a lidar com isso, buscando o lado positivo. Tem funcionado, embora não seja simples.
Quando falo do mal, quero dizer toda a energia que damos, muitas vezes inconscientemente, a coisas que nos são prejudiciais, que nos fazem sofrer e diminuem nosso potencial. Não falo apenas dos males do mundo, que veem se agigantando a cada geração.
O mal é mal em qualquer perspectiva e nós, ingenuamente, damos-lhe o nosso poder. O poder de sermos positivos diante da vida. Nesse momento, talvez, alguém vá dizer que não podemos ser Polianas, que precisamos encarar o monstro que devora o mundo, sem ter a menor ideia de que somos nós mesmos que o alimentamos.
Lembra o ditado que diz que quem não é visto, não é lembrado? Pois quem é esquecido, desaparece.
Deixe-me ser mais clara. Para que isso tudo o que estou dizendo faça sentido é preciso entender que somos bem mais do que percebemos. Existimos em várias dimensões. Por exemplo, sabemos que somos capazes de pensar e sentir, mas podemos tocar nos pensamentos? Podemos embrulhar sentimentos para presente? Claro que não, e embora alguns neguem, eles possuem um "corpo" energético que se manifesta e somos capazes de percebê-los (ainda que alguns também neguem).
A transição planetária em curso nos fala exatamente sobre isso. Nas últimas décadas alguns movimentos veem ocorrendo no sentido de buscar mais respeito pela natureza, mais movimentos no sentido de igualdades e respeito às diferenças. Tudo bem que na minha visão virginiana de ser, esses processos ainda são muito lentos, mas que seja, é melhor do que nada, né mesmo?
É disso que fala a transição planetária, é um processo, um movimento. E nesse movimento do bem é preciso olhar o mal da forma certa. Com todo respeito devido a cada um, por suas ideias e capacidade de pensar, já passou da hora de entender que somos regidos por leis maiores que as leis humanas, e que damos energia e poder àquilo em que focamos.
Já tive alguns desentendimentos (não foram brigas não, viu?) com algumas pessoas, que sinceramente acreditam que propagar sua ira ou medo pelas redes sociais contribui de alguma forma para a conscientização da humanidade, sem perceber que apenas está destilando o veneno do seu próprio medo ou ódio e dando energia ainda maior para aquilo que acredita estar combatendo.
As pessoas, seguindo seu instinto, acreditam que sua revolta gritada aos quatro ventos pode contribuir com o fim do mal. Não quero ser demasiadamente chata, mas é preciso que façamos um mea culpa, e olhemos com mais cuidado, porque: Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai da boca, porque procede do coração. (Mateus, 15:18-19).
E não sou eu que estou dizendo isso, basta olhar para o mundo ao redor e perceber que ainda estamos longe de vencer o maior inimigo de todos, o desamor, o individualismo, o conformismo e a covardia.
Eu sei que posso estar "atacando" a suscetibilidade de alguns (que provavelmente nem leiam esse texto), mas nós pessoas que o lemos (hehe), podemos começar, por nós mesmos, a observar o que tem saído de nossa boca, o que vemos saindo das bocas do mundo: nas ruas, na TV, nos posts das redes sociais e compreender o quanto estamos condenando-nos ao mal.
Pensemos um pouco mais e vejamos que o mal realmente não merece comentários.
Não alimente o monstro que lhe devora sem que você perceba.
