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O medo de morrer, o medo do óbvio

O medo de morrer, o medo do óbvio
Simone Belkis
abr. 28 - 3 min de leitura
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O Coronavírus está assustando muita gente. Todas as rodas tocam no assunto, muitos comentários, muitas críticas, muito medo. É natural, porque o ser humano ainda teme à morte como se fosse algo evitável. Não é!!!

Já faz um tempo que venho me perguntando qual a intenção do ser humano em tentar evitar as diversas formas de morrer, quando na realidade, independente da forma, o inevitável é a morte. 

Sempre quando começa o verão, aqui no Paraná onde moro, são feitas as campanhas de conscientização contra afogamentos. Claro que isso ocorre no Brasil ou no mundo todo, afinal todo ano morrem pessoas no mar ou nas cavas dos rios. E eu fico pensando, será que a intenção é evitar que se morra por afogamento ou que se morra simplesmente? Acho que são as duas coisas, não é mesmo?

Mas, a morte é inevitável. Será que se aquela pessoa X escapar de morrer no rio, não correria nenhum risco de morrer de outra forma em qualquer outro lugar que estivesse nessa mesma hora? É claro, que não podemos afirmar que a morte tem hora certa para acontecer (eu acho que tem), mas e se tiver?

Esse tipo de discussão só acontece porque o ser humano tenta lidar com esse fato real e verdadeiro como algo que não é real e verdadeiro (desculpe a redundância, mas é que é preciso deixar isso muito claro, a gente morre).

Certamente que não é à toa que esse tema é um tabu. A cultura ocidental ainda trata com muita imaturidade esse tema. E não, eu não acho que seja um tema simples, e também não quero morrer. Mas, há que se levar em consideração que essa crença na vida "eternamente física" ainda é uma utopia. 

Já era tempo de encararmos a morte como algo natural, a despeito do instinto de sobrevivência, que "é forte como a morte". Hehe.

Brincadeiras à parte, eu compreendo a dificuldade que todos nós temos de lidar com um tema tão doloroso e difícil como esse. Mas, é preciso crescer em espiritualidade para que isso passe a ser visto como o real e verdadeiro, a morte não deve ser o fim, mas a passagem para algo maior, mesmo que seja o vazio.

Também compreendo que as várias vertentes e explicações que filosofias e religiões nos ensinam acabam por não convencer a todos e dar uma alívio sobre o que virá depois, e eu concordo, isso dá um friozinho na barriga quando pensamos.

Esse é um tema longo e que exige muita dedicação. Mas, apesar do Coronavírus ser o agente letal do momento, talvez seja a hora para se refletir como um sinal de maturidade, pois que é a evolução que faz a vida seguir,  apesar da morte.


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